quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Associação divulga invasão de três fazendas por índios na Paraíba

 

Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba denunciou a invasão.
Proprietário se diz impedido de colher produção de cana de açúcar.

Do G1 PB
De acordo com uma nota enviada à imprensa pela Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), os donos das fazendas Sucupira, Piraqué e Miranda, todas localizadas no município de Rio Tinto, no Litoral Norte a 52km da capital, estão impedidos de entrar em suas propriedades e de colher a produção de cana de açúcar por conta da invasão de índios desde o dia 25 de agosto.
Segundo a Asplan, nem mesmo o mandato de reintegração de posse, expedido há mais de 15 dias pelo juiz da comarca de Rio Tinto, Adeilson Nunes de Melo, foi capaz de devolver a propriedade aos seus donos. A associação resolveu se manifestar publicamente porque a invasão pode comprometer a produção de cerca de 25 mil toneladas de cana que já deveriam estar sendo colhidos.
De acordo com o presidente da Asplan, Raimundo Nonato, “é preciso que as autoridades tomem medidas urgentes para impedir que movimentos como esse se disseminem no estado e assegurem respaldados, inclusive, no mandato de reintegração de posse, que as propriedades invadidas voltem para seus donos o mais rápido possível para evitar maiores prejuízos e conflitos”.
A nota da Asplan traz ainda a fala do proprietário da fazenda Sucupira, Carlos Heim, segundo quem desde o dia 25 de agosto, data da invasão, que ele está impedido de ter acesso às dependências de sua fazenda. “Cercaram a fazenda com arame, não nos deixam entrar, impedem nossos trabalhadores de exercerem suas funções e, consequentemente, não podemos colher nossa produção num momento de plena safra canavieira”.
Os índios argumentam que as propriedades ocupam uma área que seria destinada à reserva indígena, fato contestado por Heim, que garante não existir nenhum decreto presidencial que balize essa argumentação.

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