MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 9 de março de 2025

Mulheres no Meio Ambiente

 

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Jovens profissionais veem a educação como forma de se desenvolver na carreira e diminuir o desequilíbrio de gênero que existe no setor, principalmente em cargos de liderança e tomadas de decisões

Segundo a ONU Mulheres, mulheres e meninas têm liderado movimentos ambientais e de ação climática, mas os homens ainda ocupam 67% dos papéis de tomada de decisão relacionados ao clima. Outro estudo da instituição, de 2020, aponta que as mulheres ocupavam apenas 16% dos cargos de liderança em organizações ambientais.
Essa realidade é sentida por jovens profissionais da área, como Letícia Mariano, de 25 anos, estudante de pós-graduação em Gestão Ambiental do Senac São Paulo, na unidade Jabaquara. “O mercado ambiental tem crescido muito e isso abre espaço para diversas oportunidades, sobretudo, para as mulheres, no entanto, ainda há desafios principalmente quando pensamos em cargos de liderança e tomada de decisão. Na educação ambiental, por exemplo, as mulheres já são maioria, porém, em áreas como consultoria e gestão ambiental ainda há predominância masculina”, diz ela.
“Esse cenário pode mudar com educação e mais oportunidades”, avalia outra aluna do mesmo curso, Júlia Navarro, de 24 anos. Ambas acreditam que a equidade de gênero pode trazer grandes benefícios para o setor, com novos projetos e iniciativas que promovam uma sociedade mais justa e sustentável.


Leticia Mariano trabalha com educação ambiental em uma horta urbana de São Paulo, Júlia Navarro faz estágio na Cetesb, no departamento de áreas contaminadas, e as duas buscam se atualizar constantemente, por meio de cursos, eventos, assistindo palestras e investindo na educação. Suas trajetórias são inspiradoras e exemplos para quem quer fazer a diferença no setor. Veja abaixo os detalhes de suas histórias:

1.    Leticia Mariano - 25 anos
Formação: Biologia e Balé clássico
Atuação no mercado de trabalho: Trabalha em uma horta urbana, ligada à Prefeitura de São Paulo, onde ensina crianças sobre alimentação saudável e plantas PANC. “A gente ensina também a cultivar em casa as plantas. Isso é muito legal porque elas ficam super animados com a mochilinha levando um pouco da horta para casa”.
O curso do Senac: “Sempre quis atuar diretamente na área ambiental, mas senti que precisava entender mais sobre legislação, gestão ambiental e soluções ambientais. Já tinha tido uma base teórica na faculdade, mas queria algo mais aplicável ao mercado, e o Senac me ofereceu isso, com abordagem que une teoria à prática e alinhando melhor os desafios reais da profissão”.
“O curso do Senac me deu um olhar mais estratégico e técnico sobre meio ambiente, o que ajudou muito na minha atuação em educação ambiental. Aprendi sobre regulamentação, gestão e soluções sustentáveis, o que me permitiu desenvolver projetos mais bem estruturados”. Um exemplo: a criação de uma empresa ambiental fictícia onde aplicou o que aprendeu na prática. 
“O Senac me fez enxergar oportunidades na área, ampliando minhas possibilidades de atuação. Cada curso e cada experiência me ajudou a caminhar solidamente , com confiança e mais oportunidade de mercado, conhecimento e educação me abriram portas” 
Atualização: “Sempre procuro me atualizar em cursos e palestras para compreender as tendências do mercado ambiental. Acompanho as mudanças, pesquisas e legislações, pois esse mercado exige essa atualização constante”.
Futuro: “Quero explorar novos caminhos, em consultorias e projetos sustentáveis ou no ensino, quero contribuir de forma significativa para a área”.
Equidade de gênero: “O mercado ambiental tem crescido muito e isso abre espaço para diversas oportunidades, sobretudo, para as mulheres, no entanto, ainda há desafios, principalmente quando pensamos em cargos de liderança e tomada de decisão. Na educação ambiental, por exemplo, as mulheres já são maioria, porém em áreas como consultoria e gestão ambiental ainda há predominância masculina. As mulheres estão cada vez mais qualificadas e trazendo novos olhares para o setor, portanto, têm um papel fundamental nesse avanço que vemos aos poucos”.
“A equidade de gênero não é só uma questão de justiça, mas de inteligência e estratégica no setor ambiental, pois diversidade gera inovação e soluções mais sustentáveis, com mais reconhecimento feminino para romper barreiras e construir um futuro mais sustentável e socialmente justo”.
Trajetória: “Minha trajetória profissional começou de jeito totalmente diferente, eu sou formada em balé clássico, então, durante oito anos eu acabei dando aulas de balé também para crianças. Meu primeiro trabalho registrado, no entanto, foi no atendimento hospitalar, onde fiquei quase cinco anos e decidi fazer faculdade de biologia. Foi aí que entendi que eu queria trabalhar com educação, especificamente educação ambiental, e comecei a atuar na horta, ensinando as crianças até adultos também, sobre alimentação saudável, cultivo dos alimentos e sustentabilidade. E hoje eu sou educadora ambiental”.

2.    Julia Navarro - 24 anos
Formação: Biologia, formou-se em 2022
Atuação profissional: Foi estagiária no viveiro Manequinho Lopes, no parque Ibirapuera, na área de botânica. Hoje trabalha na Cetesb no departamento de áreas contaminadas.
Trajetória: Vem de uma família de baixa renda, na qual o pai taxista sustentava a família, com a morte do pai em 2010, a mãe teve que trabalhar para sustentar os três filhos e sozinha. “Eu tinha 10 anos e minha mãe me ensinou uma lição: a nunca depender de homem e nunca parar de estudar”. 
O pai de Júlia sempre incentivou os estudos, era autodidata e estimulava os filhos a estudarem, pagava escola particular para todos, porém, com a morte do pai, Júlia ganhou uma bolsa de estudo.
Carreira: Decidir sobre a carreira não foi fácil, pensou em ser veterinária por adorar animais. “Eu tinha interesse sobre natureza e saúde também, assistindo uma palestra sobre a diferença entre veterinária e biologia, me interessei mais pela biologia, área em que me formei. Eu queria em zoológico e cuidar dos animais, mas ainda estava confusa onde queria me especializar, meu primeiro estágio foi na área da botânica, no viveiro Manequinho Lopes”. 
Depois, por necessidade trabalhou em uma empresa de logística, mas não estava feliz, pois queria entrar novamente em sua área de formação, foi quando pensou em fazer uma pós-graduação no setor ambiental. 

Curso do Senac: “A Gestão Ambiental no Senac é um curso amplo e lá aprendo muito, assim como faço networking. Foi, inclusive, um professor que me informou sobre a vaga na Cetesb, exclusiva para estudantes de pós-graduação”.Atualização: “Como eu busco me atualizar na profissão, eu sempre tento fazer cursos, assistir palestras e ir a eventos da área, quero agora fazer um curso no Senac voltada para áreas contaminadas”. 
Equidade de gênero: “Vejo avanços, no curso do Senac, por exemplo, há predominância de mulheres, na Cetesb também há muitas mulheres, mas ainda não chegamos em cargos de liderança. Esse cenário só vai mudar com educação e oportunidades”.
Futuro: “Quero ter mais responsabilidades, além de atuar em projetos com soluções sustentáveis que contribuam para a melhoria do meio ambiente. Penso em fazer uma segunda pós-graduação e ocupar posições que me permitam tomar decisões de grande importância social”.

Informações para a imprensa 
In Press Porter Novelli
Carolina Bessa 
Tel.: (11) 991043184
carolina.villafranca@temp.inpresspni.com.br

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