MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 9 de outubro de 2022

Lula mostra ter memória curta, ao prever que terá 60% dos votos contra Bolsonaro

 



A dois meses da eleição, Lula marca novos encontros com empresários

Lula “inventa” estatísticas que lhe sejam favoráveis

João Paulo Saconi e Lauro Jardim
O Globo

Reunido na segunda-feira com a coordenação de sua campanha em São Paulo, Lula fez a própria projeção para o segundo turno contra Jair Bolsonaro. Disse o ex-presidente: “É a primeira vez que alguém exercendo o cargo de presidente (Bolsonaro) perde as eleições no primeiro turno. E vai perder muito mais, porque a nossa distância vai aumentar muito. Aliás, se a minha memória não for curta, eu não costumo ter menos de 60% no segundo turno”.

O petista, no entanto, esqueceu-se da própria reeleição em 2006. E não por falta de motivos para lembrar, já que Geraldo Alckmin, seu concorrente à época, estava bem ao seu lado no encontro. Há 16 anos, quando se enfrentaram, Lula teve 48,6% da preferência do eleitorado e Alckmin, hoje seu vice, 41,6%.

NÚMERO MÁGICO – O cálculo de Lula, além de só considerar o êxito em 2002 (61,2% contra José Serra), ainda lembra um número mágico escolhido pelo próprio adversário.

Foi Bolsonaro, ao longo da semana passada, quem disse que conquistaria 60% dos eleitores ainda no primeiro turno. Terminou com 43,2% contra 48,4% do petista.

Em São Paulo, desde sempre houve no comando da campanha de Lula o temor que Tarcisio de Freitas chegasse ao segundo turno à frente de Fernando Haddad, na disputa do governo paulista.

AJUDA A BOLSONARO – Tal possibilidade tirava o sono dos petistas. Motivo: isso ajudaria Bolsonaro no plano federal, justo no estado com o maior colégio eleitoral do Brasil. Nas duas últimas semanas, o medo até refluíra.

Mas o fato é que Tarcísio passou como um trator sobre Haddad. E o que era temor virou pânico.  A direção nacional do PT preferia que o segundo turno em São Paulo fosse disputado entre Haddad e Rodrigo Garcia.

A avaliação era de que Garcia seria o favorito contra o petista, mas que deixaria Lula mais tranquilo na disputa pela presidência sem ter um candidato a fazer dupla com Bolsonaro no estado. Só que a campanha de Haddad não pensava assim. E nas últimas semanas fez de Garcia o seu alvo preferencial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário