Você
já ouviu falar em tanatofobia? Se nunca ouviu falar, não se preocupe,
pois, este nome ainda é pouco conhecido, mas provavelmente você conhece
alguém que sofre desse mal. Agora vou te fazer outra pergunta: você
conhece alguém que tenha medo excessivo de morrer? Se sim, então estamos
falando do mesmo assunto. O termo tanatofobia é de origem grega,
“thanato” que significa morte e “phobos” que está relacionado ao medo e a
fobia.
Costuma-se
dizer que a única certeza que temos na vida, é que um dia vamos morrer,
por ser um ciclo natural que aprendemos desde a infância: nascer,
crescer, reproduzir e morrer. Mas para algumas pessoas, ainda é difícil
encarar a morte como parte desse processo. A psicóloga do Sesc-Senac,
Sthefânia Ferreira, explica que sentir medo é normal. “O medo da morte é
comum, e necessário para que a gente evite situações que nos coloquem
em risco”, explica.
Mas
quando o medo é excessivo, deve-se procurar ajuda de um profissional.
“A busca por ajuda é necessária quando a pessoa percebe que o medo está
prejudicando no dia a dia. Quando ultrapassa o normal, e já começa ser
uma fobia, precisa buscar ajuda especializada”, orienta a psicóloga.
De
maneira geral, estudos apontam que as fobias tendem a se desenvolver
ainda na juventude, no ápice dos 20 anos, porém, de acordo com a
psicóloga Sthefânia, não há idade específica para desenvolver a
tanatofobia. A profissional explica que as causas são variadas, podem
acontecer após eventos traumáticos, como a perda de um ente querido, uma
preocupação intensa com o desconhecido, ou alguma situação que possa
representar algum risco.
Tanatofobia na terceira idade
Como
é ensinado desde a infância, de que a velhice é o último estágio da
vida, alguns indivíduos temem a morte algo além do que é saudável. A
psicóloga explica que normalmente o idoso tem mais contatos com outras
pessoas que também já estão nessa fase da vida. “E isso, pode, sim, ser
um gatilho para que se desenvolva a tanatofobia”, esclarece Sthefânia.
É
comum esse medo na velhice, mas se ele começa a interferir no
desempenho das atividades diárias, como o medo sair de casa, medo de
visitar hospitais, ou até mesmo de dormir, pode ser que já tenha se
tornado algo patológico. Nesses casos, além do apoio familiar, é
aconselhado procurar ajuda de um profissional.
Sintomas
Os
sintomas da tanatofobia são bem parecidos com os da ansiedade. Podem
ser de caráter físicos ou cognitivos. Confira alguns deles:
- calafrios
- sudorese
- boca seca
- taquicardia
- falta de ar
- náuseas e vômitos
- tremores nas mãos
- perda de sensibilidade e controle
- repetição de pensamentos violentos
- insônia
Tratamento
Assim
como as outras fobias, a tanatofobia também tem tratamento. Então,
procurar ajuda médica nos primeiros sintomas é importantíssimo. Segundo a
psicóloga, o tratamento mais indicado para a tanatofobia é a
psicoterapia, que é um conjunto de estratégias e técnicas psicológicas
que podem ser usadas em pessoas que buscam lidar com suas emoções e
sentimentos.
Também são indicados alguns tratamentos complementares, com o objetivo de diminuir o nível de ansiedade e de estresse, como:
- Prática de atividades físicas
- Realizar técnicas de meditação
- Aprender novos métodos de respiração
- Envolver em alguma atividade social
Clique aqui e assista a entrevista completa.
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