Luis
Gustavo, o intérprete dos eternos Mario Fofoca e tio Vavá, faleceu
neste domingo (19), aos 87 anos, em decorrência de complicações por
conta de um câncer no intestino. O ator era casado com Cris Botelho, pai
de Luis Gustavo Vidal Blanco, fruto de seu relacionamento com Heloísa
Vidal, e de Jéssica Vignolli Blanco, fruto de seu casamento com a
falecida atriz Desireé Vignolli, avô de Marina Hoagland Blanco Buzzone, e
tio de Tato Gabus Mendes e Cássio Gabus Mendes, também atores.
Intérprete de grandes personagens cômicos da telenovela brasileira, Luis
Gustavo também merece um capítulo especial na história da televisão.
Alguns dos personagens interpretados por ele marcaram época, como Beto
Rockfeller, protagonista da novela homônima da TV Tupi (1968); o
detetive Mário Fofoca, de Elas por Elas (1982); o estilista Victor
Valentim, da primeira versão de Ti-Ti-Ti; ou o Tio Vavá do humorístico
Sai de Baixo. sempre se dedicou à comédia. Dizia que as crianças eram
seus grandes professores: se não riam, o personagem não estava pronto. O
intérprete dos eternos Mario Fofoca e tio Vavá nos deixa hoje, dia 19,
aos 87 anos, em decorrência de complicações por conta de um câncer no
intestino. Luis Gustavo era casado com
Cris Botelho, pai de Luis Gustavo Vidal Blanco, fruto de seu
relacionamento com Heloísa Vidal, e de Jéssica Vignolli Blanco, fruto de
seu casamento com a falecida atriz Desireé Vignolli, avô de Marina
Hoagland Blanco Buzzone, e tio de Tato Gabus Mendes e Cássio Gabus
Mendes, também atores.
Encarnando grandes personagens cômicos da telenovela brasileira, Luis
Gustavo Blanco merece um capítulo especial na história da televisão.
Nascido em 02 de fevereiro de 1934, em Gotemburgo, na Suécia, de pais
espanhóis, ele chegou ao Brasil ainda criança e adotou São Paulo como o
lugar para criar suas raízes. Mesmo viajando constantemente ao Rio de
Janeiro, o ator não se intimidava pela ponte aérea entre as cidades e se
considerava um paulista de alma e coração. O ator passou os últimos
anos morando em Itatiba, no interior de São Paulo.
O grande ‘Tatá’, apelido que o acompanhou por toda a vida e como era
conhecido entre os mais íntimos, começou a carreira trabalhando durante
cinco anos atrás das câmeras, sendo contrarregra, auxiliar de iluminação
e cinegrafista. Mas a vontade de estrear na parte artística falou mais
alto. Tornou-se assistente de direção de vários programas, entre eles o
teleteatro TV de Vanguarda. Foi lá que, por acaso, fez a sua estreia
como ator, na peça ‘Mas Não se Matam Cavalos’, de Horace McCoy. A partir
dali, jamais abandonou a interpretação.
Sua primeira novela foi ‘Se o Mar Contasse’, de Ivani Ribeiro, na TV
Tupi, em 1964. Também na emissora, atuou em ‘O Sorriso de Helena’, ‘O
Direito de Nascer’, ‘O Amor Tem Cara de Mulher’ e ‘Estrelas no Chão’.
Paralelamente ao trabalho na TV, o ator também dava início à sua
carreira no teatro. Em 1967, pela atuação em ‘Quando as Máquinas Param’,
de Plínio Marcos, ganhou o prêmio de melhor ator da Associação Paulista
de Críticos de Teatro (APCT).
Em 1968, Luis Gustavo participou da criação de um marco da telenovela
brasileira, ‘Beto Rockfeller’, momento importante de sua carreira. O
ator também deu vida a outros personagens que caíram no gosto do
público, como o costureiro Ariclenes Almeida/Victor Valentin em ‘Ti Ti
Ti’, o músico cego Léo em ‘Te Contei?’ e o playboy Ricardo em ‘Anjo
Mau’, todas escritas por Cassiano Gabus Mendes.
O personagem mais memorável do ator, no entanto, foi sem sombra de
dúvidas o atrapalhado detetive particular Mário Fofoca em ‘Elas por
Elas’ também de Cassiano. Depois, Luis Gustavo estrelaria com este mesmo
personagem um seriado homônimo e o filme ‘As Aventuras de Mário
Fofoca’.
Durante vários anos, Luis Gustavo atuou ainda como Vanderlei Mathias, o
Vavá, no programa humorístico dominical da TV Globo ‘Sai de Baixo’. Seus
últimos trabalhos na emissora foram ‘Brasil a Bordo’ e ‘Malhação: Vidas
Brasileiras’, ambos exibidos em 2018.
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