Ex-ministro da Cidadania é suspeito de orientar Bolsonaro quanto a medicamentos sem eficácia contra o coronavírus
Os senadores da CPI da Covid-19 votarão na próxima terça-feira (8) requerimento de convite ao deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania, apontado como um dos conselheiros do presidente Jair Bolsonaro no chamado “gabinete paralelo”. Terra participou de reuniões no Palácio do Planalto em que defendeu a utilização da hidroxicloroquina no tratamento do novo coronavírus — apesar de o medicamento ser considerado sem eficácia pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Segundo a CNN Brasil, a decisão de colocar o pedido em votação foi tomada durante o feriado pelo chamado G7, grupo de senadores oposicionistas e independentes. Ao todo, foram apresentados três pedidos diferentes de convocação do parlamentar. O grupo majoritário, no entanto, quer chamá-lo a depor neste momento na condição de convidado.
Mesmo sem a obrigatoriedade de comparecer, já que não seria convocado na condição de testemunha, a assessoria de imprensa do deputado federal informou que ele está disposto a prestar depoimento.
Em nota, enviada à CNN, Terra disse que o chamado “gabinete paralelo”, na opinião dele, “não passa de uma ficção política”. Ele disse ainda que a ciência “não é seletiva ou exclusivista”. “O presidente pode e deve ouvir opiniões diversas para tomar as mais relevantes decisões pelo povo brasileiro”, afirmou.
O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse à CNN que o requerimento para que o parlamentar deponha será votado na terça-feira (8). Para ele, a partir de agora, o foco dos trabalhos estará no esclarecimento sobre “a existência de um gabinete das sombras”.
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