MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Senador tenta convocar Carlos Bolsonaro, mas será muito difícil a CPI aprovar

 



O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) fez críticas no Twitter durante a CPI - Jorge Hely/Framephoto/Estadão Conteúdo

Carluxo voltou a morar em Brasília, para ajudar o poi

Paulo Cappelli
O Globo

Integrante da CPI da Covid, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolou pedido de convocação do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) para prestar depoimento à comissão parlamentar de inqúerito. A medida ocorre após o gerente da Pfizer, Carlos Murillo, afirmar que Carlos participou de reuniões do governo em Brasília para tratar da negociação de vacinas. Assessor especial da Presidência da República, Filipe Martins também consta do requerimento protocolado por Vieira.

— Defendo que todos os citados pelo gerente da Pfizer como participantes das reuniões paralelas para aquisição de vacinas sejam ouvidos, inclusive o vereador Carlos Bolsonaro. Por isso estou protocolando esse requerimento — afirmou ao GLOBO Alessandro Vieira, que é delegado licenciado da Polícia Civil.

EQUIPE PARALELA – A CPI busca investigar, entre outros pontos, a influência de pessoas de fora do Ministério da Saúde na tomada de decisões para aquisição de insumos e vacinas.

Após o depoimento do gerente-geral da Pfizer, Carlos Murillo, nesta quinta-feira, prospera reservadamente o consenso entre a maioria dos integrantes da CPI de que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) será convocado a prestar depoimento à comissão parlamentar de inquérito. O momento da convocação, no entanto, divide senadores independentes e de oposição, que são maioria na comissão.

TENSÃO MÁXIMA – A avaliação de boa parte desse grupo é que o momento não é o ideal por conta do alto nível de tensão já presenciado esta semana pelo depoimento do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngartem e pelo atrito envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL).

Segundo a tese desses senadores, a convocação de Carlos poderia ser interpretada como uma retaliação e “perseguição familiar” e usada politicamente por Bolsonaro para desmerecer a CPI. E, por isso, na visão desses parlamentares de oposição e independentes, o melhor seria deixar a convocação mais para frente.

O senador Humberto Costa (PT-PE), por exemplo, já defendeu abertamente a convocação de Carlos, mas, nesta quinta, foi mais comedido e não se manifestou pela medida.

OUTRAS OPINIÕES – Randolfe Rodrigues (Rede-AP), por sua vez, afirmou que são necessárias mais provas para convocar Carlos Bolsonaro.

Já Renan Calheiros disse que o depoimento do gerente da Pfizer já é suficiente para a produção do relatório nesse quesito e que caberia ao Planalto pleitear o depoimento de Carlos para que o governo apresente sua defesa.

Integrantes da CPI da Covid também veem com apreensão o possível depoimento de Carlos Bolsonaro. O vereador é visto como um político explosivo e de pavio curto. A avaliação é que, se Renan Calheiros pediu a prisão em flagrante de Fabio Wajngarten alegando que o ex-secretário de Comunicação mentiu, com a convocação de Carlos haveria grande chance de essa situação se repetir e ter um desfecho ainda mais tenso.

MAIS CONJECTURAS – A eventual prisão, avaliam alguns senadores de oposição ouvidos pelo GLOBO, poderia surtir um efeito pró-Bolsonaro, pois tiraria o foco da investigação e vitimizaria o presidente.

Após virar um dos focos da CPI, Carlos Bolsonaro voltará a Brasília na semana que vem. Em suas redes, escreveu que a ida à capital ocorrerá para “ficar próximo do pai”.

“A todo custo tentam impedir um filho de ficar próximo do pai. Por que se sentem tão incomodados? (…) Só avisando aos caras que odeiam seus próprios pais, como visto na timeline, semana que vem irei visita-lo novamente!”, postou

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