MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 9 de maio de 2021

Culpar os governos de Brizola pelo aumento da criminalidade no Rio é uma flagrante injustiça

 


Darcy, Brizola e Niemeyer, três homens públicos de enorme valor

Roberto Nascimento

De vez em quando, aparecem comentários atribuindo ao governador Leonel Brizola a decadência do Estado do Rio de Janeiro, como se não se tratasse de um problema de todo o Brasil. Como se sabe, a decadência e o aumento da criminalidade são problemas nacionais, nada têm a ver com as administrações de Leonel Brizola no Rio de Janeiro.

Pelo contrário, ninguém fez mais pela Educação Pública no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e no Brasil do que o visionário Brizola.

DEPOIS DELE, NADA – Brizola deixou um legado de 500 CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública), construídos em todos os municípios do Rio de Janeiro. Depois dele, não construíram nenhuma escola pública.

Além do trabalho de inteligência da Polícia, para o desbaratamento das quadrilhas de traficantes e de milicianos, a única maneira de reduzir a criminalidade é propiciar educação gratuita às crianças e abrir oportunidades de trabalho digno, conforme estava previsto no programa do governo trabalhista.

Ele era gaúcho e contribuiu muito para melhorar o Estado do Rio de Janeiro, com os CIEPs, o Sambódromo, a Linha Vermelha, o programa Luz para Todos, a Estação de Tratamento do Guandu, o saneamento da Baixada Fluminense, entre tantas obras.

UMA SÉRIE DE FRACASSOS – Os demais governadores fracassaram absurdamente, como Moreira Franco, Marcelo Alencar, Garotinho, Rosinha, sem falar em Cabral e Pezão, dois grandes gatunos. Atualmente, tudo piorou, com Witzel impichado e esse que está aí, Cláudio Castro, não vai fazer nada também.

Como se pode comparar os desgovernos desses pigmeus citados com o dinamismo e a ação de Leonel Brizola, com a ajuda do genial Darcy Ribeiro e do arquiteto Oscar Niemeyer?

Dizem por aí, sem conhecer a verdade que Brizola não deixava a Polícia subir o morro. É que Ora bolas, tem que haver hierarquia. Na época havia uma farra de policiais subindo o morro, para extorquir traficantes, desrespeitando os moradores, e o comandante Nazareth Cerqueira proibiu esse tipo de ação isolada. Não por mera coincidência, o coronel Cerqueira foi depois assassinado por um PM, quando saia do escritório do vice-governador, em frente ao Museu de Arte Moderna.

ESTAGNAÇÃO DA ECONOMIA – As comunidades não nasceram com Leonel Brizola nem aumentaram também, o crescimento é exponencial e não depende da autoridade e sim da economia estagnada, que não gera emprego e renda, e do descontrole do aumento populacional. Se houvesse um menor crescimento da população, com geração de empregos e moradia decente a custo baixo, ninguém iria se arriscar a viver nas encostas e moradias com risco de desabamento.

Carlos Lacerda tentou reduzir as favelas, na década de 60, mas, o resultado foi pequeno. Transferiu os moradores da Favela do Pinto para a Cruzada São Sebastião, no Leblon,  e dos Morros da Catacumba e do Pasmado para a Vila Kennedy. Nessa segunda hipótese, simplesmente recolocou as pessoas muito longe do local de trabalho delas.

Outra coisa, a fusão foi melhor para o antigo Estado do Rio de Janeiro, capital Niterói. E pior para a antiga Guanabara, que era um Estado rico e teve de dividir recursos.

Voltando a Leonel Brizola, ele merecia uma estátua por sua obra pela Educação. Não deveria receber tantas críticas infundadas. Data Vênia.

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