O Nissan Magnite está bem próximo do lançamento, que ocorre em agosto, na Índia. O produto da marca nipônica é de especial importância para a montadora, que precisa urgentemente converter seus prejuízos em lucros.
Um dos 12 lançamentos programados pela Nissan em todo o mundo, o Magnite tem potencial para estabelecer um novo patamar de vendas junto com o Kicks, que já está presente em diversos países.
Bem aceito na Índia, o Kicks usa plataforma do Duster por lá e tem até motor 1.3 Turbo, sendo mais aceito que, por exemplo, o “primo” Renault Captur.
No Brasil, o Kicks vende muito bem, sendo o quinto SUV mais emplacado em 2020 e ainda disputando unidades com o Hyundai Creta. Em 2019, ele foi o quarto mais vendido com 56.060 unidades. Sem dúvidas, um número bem expressivo.
Com a provável chegada do Magnite nos próximos dois anos, já que a pandemia de coronavírus atrasou os planos de todos os fabricantes, inclusive da Nissan, a japonesa pode avançar dentro do Top 10 das marcas no Brasil.
Para tê-lo aqui, a Nissan precisará reposicionar o Kicks para abrir espaço ao pequenino Magnite, contudo, sem aumentar ou mudar de geração, ficaria bem difícil de simplesmente elevar os preços e conteúdo ao cliente.
Então, a única alternativa é aquela que já está programada, embora deva demorar um pouco mais por causa da crise, a eletrificação. Com o Kicks e-Power, a Nissan não teria mesmo como mante-lo no patamar atual devido aos custos mais altos do processo.
Dessa forma, o Nissan Magnite teria a chance de fazer um papel de modelo de acesso partindo da faixa dos R$ 70 mil ou pouco acima, indo então até por volta dos R$ 90 mil. O preço assusta, não é mesmo? Mas, basta observar dois “indianos” feitos no Brasil para vermos que ele não sairia do script do mercado.
Nessa altura, o Kicks já estará bem acima, com a versão e-Power talvez na casa dos R$ 120 mil. Essa foi mais ou menos a faixa onde o Corolla Hybrid iniciou por aqui. Não é difícil imaginar a oferta com motor 1.6 na base e o “híbrido” no topo.
Ainda assim, o apelo “SUV” é maior que o de um sedã médio, mesmo que este seja um Corolla. Formando uma dupla com Kicks, o Magnite teria a missão de assumir um volume tão bom quanto do irmão, mas sem afeta-lo.
Jovialidade, conectividade e preço ajudaria o menor, enquanto o maior teria um papel mais premium, tecnológico e ecológico.
No ranking, se a Honda não reagir com City hatch e os novos Fit e City, pode ser que a Nissan dê as cartas. A japonesa ligada à Renault se mantém na décima posição há bastante tempo, mas já chegou a passar a conterrânea durante a quarentena.
[Imagens cedidas com exclusividade pelo site ElectricVehicleWeb]
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