MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 5 de março de 2015

Fechado após funcionários passarem mal, TRT-5 suspende 2 mil audiências


Sede do Comércio, em Salvador, também não funciona na sexta-feira (6).
Cinco servidores passaram mal desde dedetização no fim de semana.

Do G1 BA
Sem expediente há quatro dias, o Fórum Antônio Carlos Araújo de Oliveira, que funciona no prédio do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), no Comércio, em Salvador, já deixou de realizar em torno de 2.340 audiências. O funcionamento da Justiça do Trabalho da 5ª Região foi interrompido após cinco servidores passarem mal depois que dedetização foi feita no prédio, no último final de semana.
Prédio do TRT no Comércio Salvador Bahia (Foto: Reprodução/TV Bahia)Prédio do TRT no Comércio está fechado desde
segunda-feira. (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Na sexta-feira (6), os trabalhos continuam suspensos, e as cerca de 585 audiências marcadas para o dia serão canceladas. O prédio do Comércio possui 39 varas e cada uma realiza, por dia, média de 15 sessões.
O TRT informou que todas as audiências canceladas serão reagendadas conforme a disponibilidade de cada vara e que todos os interessados serão notificados. Cerca de seis mil pessoas, entre magistrados, servidores, advogados e terceirizados circulam no Tribunal diariamente, segundo informou a assessoria do órgão.
Vistoria
Segundo o TRT, a suspensão do atendimento na sexta atende a uma recomendação da Vigilancia Sanitária, que realizou, na quarta-feira (4), vistoria nas áreas onde os produtos químicos utilizados na dedetização do último fim de semana foram aplicados. A empresa responsável pela dedetização acompanhou a inspeção.
A Vigilância Sanitária informou que será preciso analisar cada caso individualmente e que, após a conclusão do trabalho, será emitido um parecer. Uma nova avaliação no local da Vigilância junto a técnicos da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) está marcada para a sexta com o objetivo de avaliar a possibilidade de permanência de resíduos e a salubridade do prédio.
Em reunião realizada no Gabinete da Presidência, também na quarta, representantes da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Amatra5) e do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Público Federal da Bahia (Sindjufe-BA), solicitaram que o expediente continuasse suspenso até que o laudo fosse divulgado.
Segundo o TRT, o diretor da Secretaria de Administração, Maurício Borba, informou que o serviço de dedetização de rotina foi realizado de forma regular e com toda a certificação exibida, mas que "algo atípico - ainda não diagnosticado - aconteceu".
Caso
Inicialmente, o TRT divulgou que apenas um funcionário teria passado mal e que ele foi atendido pelo serviço médico do órgão, mas depois corrigiu a informação e disse que três funcionários terceirizados e dois servidores tiveram mal-estar.
Conforme o TRT, a empresa contratada para fazer a dedetização apresentou os produtos utilizados no serviço e afirmou que eles não ofereciam risco à saúde humana, em razão de suas características físico-químicas. Além disso, de acordo com o Tribunal, a empresa alegou que, como o serviço foi feito no sábado, já havia transcorrido o prazo máximo de decantação do produto, que é de seis horas, e o prédio poderia funcionar normalmente.
O Tribunal Regional, no entanto, convocou novamente a empresa responsável pela dedetização para apresentar novos esclarecimentos, já que funcionários passaram mal no local também nesta terça, três dias após o serviço.
Uma servidora, que não quis ser identificada, afirmou que o procedimento de dedetização é periódico, mas que foi a primeira vez que o problema aconteceu. "Quando chegamos pela manhã [na terça-feira], aparentemente não tinha nada, mas algumas pessoas sentiam a cabeça pesar, olhos e garganta coçando, língua pinicando, tosse. No fim da manhã, a gente começou a piorar. Começamos a ligar para a administração e para o serviço médico. Por volta das 12h, orientaram a suspensão", afirmou a servidora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário