A moeda americana voltou a subir nesta quinta-feira, dessa vez fechando
acima de 3 reais. Esta é a maior cotação de fechamento desde 13 de
agosto de 2004, quando fechou a 3,02 reais. O dólar à venda encerrou a
sessão valendo 3,01 reais, alta de 1,03%. Na quarta-feira, a moeda
americana já havia subido 1,80%, para 2,98 reais. Na máxima da sessão, a
divisa chegou a ser cotada a 3,01 reais. Nos últimos quatro dias, o
dólar acumulou alta de 5,44%. Para João Augusto de Castro Neves,
economista da consultoria Eurasia, continua pesando sobre a moeda
americana a conjuntura política e econômica adversa do Brasil. Nesta
semana, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recusou-se a
colocar em votação a medida provisória 669, que reduz as desonerações
sobre a folha de pagamento das empresas. A medida foi anunciada na
semana passada pelo governo, como parte da cruzada empreendida pela
equipe econômica para elevar a arrecadação de impostos e equilibrar a
política fiscal. O episódio envolvendo a negativa de Renan aumentou as
preocupações do mercado sobre o processo de ajuste fiscal. Os
economistas temem que o governo encontre muita resistência na aprovação
de medidas mais austeras e isso atrase a melhora da situação das contas
públicas. Isso acontece ao mesmo tempo em que representantes da agência
de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) chegam ao
Brasil para conversar com autoridades do país sobre a condução da
política fiscal. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se encontrou na
tarde desta quinta com representantes da agência. Os executivos da
S&P também foram ao Palácio do Planalto. (Veja)
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