Foto: Divulgação/CamargoCorrêa
Dalton Avancini, presidente da Construtora Camargo Corrêa
O presidente e o vice da empresa Camargo Corrêa, Dalton
Avancini e Eduardo Leite, devem prestar nesta quinta-feira, 5, o
primeiro depoimento aos investigadores da Polícia Federal e do
Ministério Público Federal como parte do acordo de delação premiada na
Operação Lava Jato. Os executivos não devem revelar nenhum nome de
político “graúdo”, porque só teriam como comprovar a relação de
executivos de outras empresas na formação de cartel para ganhar, fraudar
e superfaturar concorrências em obras públicas feitas com recursos
federais. A expectativa do Ministério Público é que mesmo sem implicar
diretamente nomes relevantes do meio político, a delação dos executivos
vai ajudar os investigadores a rastrear o caminho percorrido pelo
dinheiro fruto de desvios em contratos com o setor público. O ponto
forte das revelações da dupla estará na participação da companhia em
outras construções, especialmente na área de energia, como Belo Monte e
Jirau. O centro dessas informações estará na formação de cartel e serão
implicados executivos de outras empresas (construtoras ou não) e seus
operadores. Em troca de colaborar com as investigações, Avancini
cumprirá um ano em prisão domiciliar sem poder sair de casa. Depois, o
executivo ficaria outro período, provavelmente inferior a cinco anos, em
um regime pelo qual poderia sair de sua residência para trabalhar
durante o dia. Ele também se comprometeu a pagar uma multa de R$ 2,5
milhões ao erário, valor equivalente a cerca de metade de seu patrimônio
pessoal.POLITICA LIVRE
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