A Coreia do Norte declarou hoje (5) que a agressão do
embaixador norte-americano, Mark Lipper, em Seul era “um castigo justo”
pela decisão dos Estados Unidos de fazer exercícios militares conjuntos
com a Coreia do Sul. “Castigo justo para os belicistas dos Estados
Unidos”, disse a agência oficial da Coreia do Norte, KCNA, no título de
um breve texto, no qual o ataque contra Lippert é chamado de “expressão
de resistência”. A KCNA afirmou que o ataque refletia a opinião pública
sul-coreana, de “crítica aos Estados Unidos, por causarem uma crise na
península coreana com perigosas manobras militares conjuntas”. Os
exercícios militares anuais, que geram sempre tensões com a Coreia do
Norte, começaram segunda-feira (2) e envolvem milhares de tropas
sul-coreanas e norte-americanas. Kim Ki-jong, o homem que atingiu
Lippert com uma faca, disse à polícia que a sua oposição aos exercícios
militares foi o principal motivo do ataque. Fontes médicas, citadas pela
agência francesa AFP, informaram que Mark Lippert, de 42 anos, está se
recuperando da cirurgia à que foi submetido, depois de ter sofrido
cortes no rosto e em um dos braços. O embaixador deverá ficar
hospitalizado em observação durante mais três ou quatro dias,
acrescentaram. “Estou bem e animado”, disse Lippert, em mensagem na rede
social Twitter. “Estarei de volta o mais rápido possível para fazer
avançar a aliança EUA-Coreia do Sul”. Os Estados Unidos já condenaram o
ato de violência. Os Estados Unidos e a Coreia do Sul fazem esta semana
os exercícios militares anuais conjuntos, que geralmente provocam
aumento da tensão com a vizinha Coreia do Norte. As duas Coreias
continuam tecnicamente em guerra, uma vez que o conflito de 1950-53
terminou com a assinatura de um acordo e não de um tratado de paz. POLITICA LIVRE
Agência Brasil
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