Executivo
estava hospedado no Rio Vermelho. O ex-diretor de Serviços da Petrobras
Renato Duque e mais 17 pessoas também foram presas nesta sexta
O presidente de uma construtora da Bahia foi preso durante a operação Lava Jato
em Salvador, na manhã desta sexta-feira (14). De acordo com a
assessoria de comunicação da Polícia Federal, o nome do empresário está
sendo mantido em sigilo.
Ele estava em quarto do Hotel Pestana, no bairro do
Rio Vermelho, quando a prisão aconteceu por volta das 6h. O
empresário foi conduzido pela Polícia Federal para a superintendência de
Curitiba, responsável pela sétima fase da operação.
Empresário é preso em hotel de Salvador durante operação Lava Jato(Foto: Divulgação)
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Ainda
segundo a polícia, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão
na aeronave do executivo. No local foram encontrados documentos cujo
teor não foi divulgado. O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato
Duque e mais 17 pessoas foram presas, de forma temporária e preventiva.
Todas fazem parte da sétima fase da Operação Lava
Jato. Também foram cumpridos seis mandados de condução coercitiva. Os
investigados que não foram localizados até o momento tiveram os nomes
inscritos no sistema de procurados e impedidos da PF e estão proibidos
de deixar o país, entre eles, o lobista Fernando Baiano, citado nas
investigações como agente do PMDB no esquema criminoso.
De acordo com a PF, alguns executivos das sete
maiores empreiteiras do país, mantinha, nas últimas semana, atitudes
suspeitas, prevendo que poderiam ser alvo de uma operação policial.
Segundo o delegado da PF, Igor Romário de Paula, responsável pela
operação, essa pessoas pernoitavam fora de casa e viajam com frequência.
Ele negou que tenha havido vazamento de informações.
“Alguns vinham saindo do país com frequência ou dormiam em hotéis,
apartamentos nitidamente com caráter de não permanecer [nas residências
fixas]. Isso se comprovou hoje com alguns sendo encontrados em outras
cidades.”
Ao todo, sete empreiteiras, com contrato de mais de
R$ 59 bilhões com a Petrobras foram alvo da operação deflagrada nesta
sexta-feira. “São aquelas em que o material apreendido e as quebras de
sigilo dão material robusto para mostrar o envolvimento delas na
formação de cartel, desvio de recursos para corrupção de agentes
públicos”, disse o delegado.
Ainda de acordo com a PF, os executivos das
empreiteiras presos hoje participaram diretamente da celebração de
contratos com a Petrobras. Outros alvos da operação tiveram participação
secundária ou atuaram no transporte de recursos obtidos de forma
ilícita para doleiros, que posteriormente faziam a lavagem.
Na sétima fase da Operação Lava Jato foram expedidos
85 mandados judiciais e decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720
milhões em bens pertencentes a 36 investigados. Foi autorizado também o
bloqueio integral de valores pertencentes a três empresas referentes a
um dos operadores do esquema.
Os grupos investigados registraram, segundo dados do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), operações
financeiras atípicas no montante que supera os R$ 10 bilhões. Os
envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de
organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de
Licitações e lavagem de dinheiro.
Os mandatos foram cumpridos nos estados do Paraná,
de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, Pernambuco e no
Distrito Federal. Ao todo, mais de 300 policiais federais e 50
servidores da Receita Federal participaram da operação.
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