MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Presidente de construtora é preso em hotel de Salvador durante operação Lava Jato


Executivo estava hospedado no Rio Vermelho. O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e mais 17 pessoas também foram presas nesta sexta
Da Redação, com Agências (redacao@correio24horas.com.br)
O presidente de uma construtora da Bahia foi preso durante a operação Lava Jato em Salvador, na manhã desta sexta-feira (14). De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Federal, o nome do empresário está sendo mantido em sigilo.
Ele estava em quarto do Hotel Pestana, no bairro do Rio Vermelho, quando a prisão aconteceu por volta das 6h. O empresário foi conduzido pela Polícia Federal para a superintendência de Curitiba, responsável pela sétima fase da operação.
Empresário é preso em hotel de Salvador durante operação Lava Jato(Foto: Divulgação)
Ainda segundo a polícia, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na aeronave do executivo. No local foram encontrados documentos cujo teor não foi divulgado. O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e mais 17 pessoas foram presas, de forma temporária e preventiva. 
Todas fazem parte da sétima fase da Operação Lava Jato. Também foram cumpridos seis mandados de condução coercitiva. Os investigados que não foram localizados até o momento tiveram os nomes inscritos no sistema de procurados e impedidos da PF e estão proibidos de deixar o país, entre eles, o lobista Fernando Baiano, citado nas investigações como agente do PMDB no esquema criminoso.
De acordo com a PF, alguns executivos das sete maiores empreiteiras do país, mantinha, nas últimas semana, atitudes suspeitas, prevendo que poderiam ser alvo de uma operação policial. Segundo o delegado da PF, Igor Romário de Paula, responsável pela operação, essa pessoas pernoitavam fora de casa e viajam com frequência.
Ele negou que tenha havido vazamento de informações. “Alguns vinham saindo do país com frequência ou dormiam em hotéis, apartamentos nitidamente com caráter de não permanecer [nas residências fixas]. Isso se comprovou hoje com alguns sendo encontrados em outras cidades.”
Ao todo, sete empreiteiras, com contrato de mais de R$ 59 bilhões com a Petrobras foram alvo da operação deflagrada nesta sexta-feira. “São aquelas em que o material apreendido e as quebras de sigilo dão material robusto para mostrar o envolvimento delas na formação de cartel, desvio de recursos para corrupção de agentes públicos”, disse o delegado.
Ainda de acordo com a PF, os executivos das empreiteiras presos hoje participaram diretamente da celebração de contratos com a Petrobras. Outros alvos da operação tiveram participação secundária ou atuaram no transporte de recursos obtidos de forma ilícita para doleiros, que posteriormente faziam a lavagem.
Na sétima fase da Operação Lava Jato foram expedidos 85 mandados judiciais e decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. Foi autorizado também o bloqueio integral de valores pertencentes a três empresas referentes a um dos operadores do esquema.
Os grupos investigados registraram, segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), operações financeiras atípicas no montante que supera os R$ 10 bilhões. Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.
Os mandatos foram cumpridos nos estados do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, Pernambuco e no Distrito Federal. Ao todo, mais de 300 policiais federais e 50 servidores da Receita Federal participaram da operação.

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