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Tayuan
– Os projetos do Serviço Geológico do Brasil (SGB), que contribuem para
a construção global de uma economia de baixo carbono, foram
apresentados nesta quarta-feira (12), no Fórum Geotérmico Internacional e
no 5º Simpósio de Geociência de Wutai, na China. Os eventos fazem parte
da programação do Fórum de Desenvolvimento de Energia de Baixo Carbono
de Taiyuan, do qual participaram a diretora de Infraestrutura
Geocientífica (DIG), Sabrina Góis, e o assessor de Assuntos
Internacionais, Rafael Duarte.
“O Brasil ocupa posição de
protagonismo no mercado mineral internacional e tem potencial para
atender grande parte da demanda mundial por minerais críticos e
estratégicos, que são fundamentais para a produção de energias limpas e
renováveis”, explicou a diretora Sabrina Góis durante mesas-redonda que
contaram com a participação de representantes do Departamento de
Prospecção Geológica de Shanxi e dos serviços geológicos da Islândia e
de Cuba.
Na ocasião, Sabrina Góis enfatizou que o SGB tem
avançado com estudos e mapeamentos para ampliar o conhecimento geológico
de nosso país e para estimular novas descobertas de minerais como
lítio, grafita, urânio e elementos de terras raras. Além disso, tem
desenvolvido estudos de pesquisa, desenvolvimento e inovação sobre
energias renováveis por meio do Centro de Geociências Aplicadas (CGA).
“Foi
uma oportunidade para apresentar nossos projetos em torno das energias
renováveis e relacionados à transição energética, como nosso
projeto-piloto de hidrogênio verde, sequestro de carbono e a iniciativa
para identificação de fontes geotermais no Brasil. Também tivemos uma
reunião sobre o Centro Brasil-China de Geociências, previsto no acordo
de cooperação que assinamos com o Serviço Geológico Nacional da China em
2023”, explicou o assessor Rafael Duarte.
As apresentações
ocorreram após a assinatura de Memorando de Entendimento com o
Departamento de Prospecção Geológica de Shanxi, para o desenvolvimento
de pesquisas. Saiba mais.
Fontes renováveis de energia
Uma
das iniciativas apresentadas foi o projeto Análise de Viabilidade e
Concepção de Tecnologias para Aproveitamento de Energias Geotérmica e
Heliotérmica Integradas em Sistemas Híbridos a Partir de Poços de
Petróleo Reconfigurados (CGA). “Esse é um importante projeto relacionado
à energia geotérmica, que tem um potencial ainda inexplorado e
representa uma fonte importante de energia renovável. Estamos
construindo um projeto que permitirá analisar a viabilidade técnica e
econômica de sistemas híbridos capazes de aproveitar as energias
geotérmica e solar para aplicações sustentáveis, como geração de energia
elétrica e dessalinização”, disse Sabrina Góis.
O SGB também
avança com projetos sobre hidrogênio natural e estudos para identificar
o potencial de armazenamento das rochas-reservatório e da rocha
selante, conforme destacou a diretora: “A busca por fontes naturais de
hidrogênio é uma iniciativa estratégica para impulsionar o uso dessa
fonte de energia promissora no Brasil”.
Missão à China abre oportunidades de parcerias técnico-científicas
A
missão do SGB à China começou na segunda-feira (9), com os objetivos de
fortalecer a cooperação bilateral com esse e outros países, apresentar a
experiência brasileira e fortalecer a presença da instituição no
cenário internacional. O Fórum de Desenvolvimento de Energia de Baixo
Carbono de Taiyuan é uma plataforma de alto nível, que reúne líderes
governamentais, especialistas e representantes do setor privado para
discutir soluções inovadoras em energia limpa e desenvolvimento
sustentável.
Com a participação nas reuniões, o SGB teve a
oportunidade de aprofundar o diálogo, especialmente com os serviços
geológicos de Cuba e da Islândia. “A partir daí vamos intensificar os
contatos e identificar oportunidades conjuntas para viabilizar acordos
internacionais e planos de trabalho que beneficiem nossos países”,
destacou Rafael Duarte. De acordo com ele, em 2025 devem ser realizadas
atividades científicas com esses serviços geológicos, com o da China e
com o Departamento de Prospecção Geológica de Shanxi.
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