MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 3 de maio de 2021

BNDES devolve R$ 38 bilhões, a dívida pública bruta diminui, mas logo voltará a aumentar

 


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Charge do Paixão (Gazeta do Povo)

Rosana Hessel
Correio Braziliense

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) recuou 0,9 ponto percentual em março, na comparação com fevereiro, para 89,1% do Produto Interno Bruto (PIB), totalizando R$ 6,721 trilhões, conforme dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira (30/04), graças, principalmente, ao aumento dos resgates dos títulos públicos e da inflação mais forte, que ajudou no aumento do PIB nominal.

O resultado apresentou redução de R$ 23 bilhões em relação aos R$ 6,744 trilhões contabilizados em fevereiro, quando a dívida pública bruta atingiu o recorde de 90% do PIB.

A queda de 0,9 ponto percentual na DBGG, que compreende o endividamento do governo federal, da Previdência Social e dos governos regionais, em março na comparação com o mês anterior, de acordo com o BC, decorreu, principalmente, dos resgates líquidos de dívida (redução de 1,0 ponto percentual) e do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,6 ponto percentual), que, juntos, neutralizaram o impacto da incorporação de juros nominais (aumento de 0,5 ponto percentual).

OUTROS FATORES – O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, dois fatores ajudaram a explicar o aumento dos resgates líquidos. Primeiro, houve um pagamento extraordinário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 38 bilhões, referentes à devolução antecipada dos aportes da União, que ajudaram a reduzir o tamanho da dívida bruta e da dívida líquida em março.

Além disso, a venda de reservas internacionais no mês passado também ajudou a reduzir a dívida pública bruta, porque teve um impacto no passivo de operações compromissadas de R$ 44 bilhões, segundo o técnico. O volume de operações compromissadas do BC, mais conhecidas como overnight, porque representam as negociações de títulos públicos de curtíssimo prazo, passou de R$ 1,155 trilhão (15,4% do PIB), para R$ 1,085 trilhão (14,4% do PIB), entre fevereiro e março.

“A devolução antecipada do BNDES e o efeito da venda de reservas internacionais sobre o estoque de operações compromissadas ajudaram a explicar a redução de 0,9 ponto percentual na dívida bruta. Esses dois efeitos causaram um resgate líquido da dívida no mês, que reduziu a dívida bruta”, afirmou Rocha, durante apresentação dos dados a jornalistas.

Na avaliação de Rocha, a tendência para os próximos meses, no entanto, é de aumento da dívida bruta em relação ao PIB. “A tendência, ao longo dos próximos períodos é de aumento da relação dívida/PIB, porque os resultados fiscais dos governos federal e regionais devem ficar deficitários”, alertou.


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