Se você é contra Bolsonaro, não precisa ser contra a cloroquina. Alexandre Garcia:
Um dos destaques da segunda-feira (6) foi o almoço em que o
presidente Bolsonaro conversou com o ex-ministro, Osmar Terra, e a
doutora Nise Yamaguchi, que são autoridades sanitárias. Terra já
controlou a epidemia da gripe suína no Rio Grande do Sul. Yamaguchi é
uma imunologista com 40 anos de carreira.
Os dois advogam, como dezenas de outros pesquisadores, o uso da
cloroquina para combater o coronavírus, contanto que o medicamento seja
usado nos primeiros dois dias de infecção, ou seja, antes do
diagnóstico.
Esse tipo de abordagem tem salvado muitas vidas não só no Brasil, mas
também no mundo. O remédio usado contra a malária ainda não é uma
unanimidade. Muitos médicos afirmam que a eficácia não é comprovada.
Se não tem outro vai a cloroquina mesmo, apesar das contraindicações.
Os amazônidas sabem como são os efeitos colaterais porque já usaram
para combater a malária. Pelo menos o problema na retina geralmente só
aparece quando o uso é contínuo.
Outro efeito colateral é arritmia cardíaca. Caso a pessoa já tenha
histórico de problemas no coração ela pode ficar sendo monitorada. A
manipulação do remédio pode até ser feita em casa, contanto que haja
indicação médica. Com isso, a internação é dispensada e o uso de
respiradores artificial, também.
Se você é contra o governo, não precisa ser contra o medicamento. Não
politizem o coronavírus. Se isso acontecer não vai ser possível chegar a
uma solução rápida. Não dá para misturar saúde com política.
As eleições e a queda do presidente não têm nada a ver com esse
vírus. Não é inteligente continuar pensando assim. Se a politicagem for
abandonada e políticas racionais forem usadas, o combate à doença vai
ser mais efetivo e a paralisia econômica vai acabar.
Boa notícia: descoberta de novo campo do pré-sal
A Petrobras anunciou a descoberta de um novo campo de pré-sal, de
pouca profundidade. A matéria orgânica está a somente 2 mil metros
abaixo do solo e a 200 km de distância do litoral santista.
É uma área em que a estatal fica com 30% e o resto é dividido entre
três empresas. Uma é estadunidense, outra portuguesa e a última é
norueguesa. Ou seja, é mais riqueza para o nosso país.
Efeitos da epidemia no agro
Eu falei que o agronegócio não ia sofrer com a crise do coronavírus,
mas ele está sofrendo. O produtor de cacau não está vendendo porque está
tudo fechado, ele está tendo prejuízo agora na Páscoa.
O produtor de algodão, como fica se as lojas de roupas estão
fechadas? Ou até o produtor de etanol, sendo que os veículos não estão
mais rodando? Com as fábricas fechadas, como fica o produtor de
celulose?
Mas, principalmente, quem fica prejudicado é o pequeno produtor.
Esses estão jogando fora frutas, legumes, carne, leite e até de ovos.
Eles sofrem porque os restaurantes, as feiras e a as escolas não estão
abrindo. Estamos em um ponto que o isolamento social está no limite.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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