MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 19 de outubro de 2019

Os brasileiros precisam acordar e lutar contra a crescente desnacionalização da economia


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Ilustração reproduzida do Arquivo Google
Milton Vieira de Souza Lima
O grande cientista brasileiro José Walter Bautista Vidal, de saudosa memória, que foi professor de três grandes universidades e autor de 14 livros, considerava que a área da energia é das mais estratégicas e que o Estado precisa ser dono (ter o controle). Claro que pode e deve fazer parcerias. Nem é preciso ter curso na Escola Superior de Guerra para entender que ele tem toda a razão.
É impressionante que esses palpiteiros que consideram que é preciso vender/privatizar tudo (só porque há vulnerabilidade à corrupção), nem sequer fazem ressalvas quanto a venda para os estrangeiros. Não têm visão e capacidade de avaliar o significado ruinoso da desnacionalização da economia.
ENTREGA DE ATIVOS – O desembargador Pedro Valls Feu Rosa, em pronunciamento por ocasião da abertura do XXV Curso de Política e Estratégia da ADESG-ES, em 01/07/2010, bem alertou sobre as consequências graves para a nação da entrega de ativos estratégicos nacionais para grupos estrangeiros.
Vai aí para revisar, pequeno trecho desse pronunciamento: “Concluiu-se, ainda, que o Brasil, após 2020, deverá ser um dos grandes exportadores de petróleo e de produtos agrícolas do planeta, o que robusteceria profundamente sua economia; também confere: basicamente é a continuação da economia extrativista que há 500 anos retira do Brasil riquezas naturais a preço de banana em troca de bens industrializados importados a peso de ouro”, afirmou o jurista.
ABERTURA DOS PORTOS – Sobre este aspecto, disse Feu Rosa que as gerações contemporâneas, na ansiedade de agradar o capitalismo estrangeiro, engendraram uma segunda “abertura dos portos” – esta última, entretanto, de resultados calamitosos para um país que pretende se desenvolver.
“Em verdade, o processo de desnacionalização da economia que se promoveu no nosso país, até onde pesquisei, não encontra paralelo no planeta!. Citarei um pequeno exemplo: há coisa de um ou dois anos planejou-se vender uma das maiores empresas privadas da França a um grupo norte-americano – um negócio absolutamente lícito. Mas eis que os Poderes constituídos daquele país, de forma aberta e frontal, anunciaram ser aquela empresa uma jóia do país, que não poderia ser vendida, e que tudo fariam para impedir o avanço das negociações. O resultado: a empresa continua francesa, e agora revitalizada”, salientou.
ENTREGUISTAS – A seguir, o desembargador Feu Rosa ressalvou que em nosso país o processo histórico contemporâneo foi diferente, no sentido de venda-se e entregue-se.
“Nos últimos anos, incríveis 60% das empresas brasileiras negociadas foram parar nas mãos de estrangeiros. Foi assim que chegamos no insólito país cujos habitantes compram o leite de suas próprias vacas, a água mineral de suas próprias nascentes e a maioria dos produtos de sua própria terra também vêm de empresas estrangeiras aqui instaladas”, afirmou, para concluir:
“Da indústria alimentícia à mineração, da comunicação à siderurgia, dos transportes à energia, o que o Brasil possuía de melhor foi vendido a grupos estrangeiros. Um país não pode se desenvolver verdadeiramente sob tais condições”, concluiu o desembargador Feu Rosa, sem que em nenhum momento suas palavras fossem contestadas.

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