MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 20 de outubro de 2019

Exército estaria mesmo pronto para intervir, derrubar Bolsonaro e limpar o STF?


Resultado de imagem para intervenção militar charges
Charge do Alpino (Yahoo Notícias)
Carlos Newton
Desta vez, pode não se tratar de teoria conspiratória. São fatos reais que se encadeiam e mostram que o governo de Jair Bolsonaro estaria sob flagrante ameaça de ser derrubado pelo Exército, com apoio da Marinha e da Aeronáutica. Quando o general Villas Bôas, maior liderança militar do país, fala na “eventual convulsão social”, conforme fez na quarta-feira, dia 16, véspera do início do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal, das três ações que contestam a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, o que o chefe militar está anunciando é a possibilidade de intervenção das Forças Armadas, não há dúvida.
O mais significativo é que o recado de Villas Bôas foi dado logo após ter recebido a visita do presidente Jair Bolsonaro em sua casa.
DISSE O GENERAL – “Experimentamos um novo período em que as instituições vêm fazendo grande esforço para combater a corrupção e a impunidade, o que nos trouxe — gente brasileira — de volta a autoestima e a confiança. É preciso manter a energia que nos move em direção à paz social, sob pena de que o povo brasileiro venha a cair outra vez no desalento e na eventual convulsão social”, escreveu Villas Bôas, sem meias palavras.
Pode ser que eu esteja enganado, posso estar desenvolvendo uma teoria conspiratória, mas tudo indica que o pacto entre os Três Poderes já  ultrapassou todos os limites democráticos, na tentativa de garantir impunidade a corruptos e corruptores, incluindo dos dois filhos do presidente que se envolveram em “rachadinhas”.
FORA DA AGENDA – O recado foi entendido pelos ministros Dias Toffoli e Alexandre Moraes, que estão operando com Gilmar Mendes o pacto entre os Três Poderes, pois na mesma quarta-feira  Toffoli e Moraes foram de surpresa ao Planalto, para um encontro com o presidente Bolsonaro, fora de agenda.
Como Bolsonaro não conseguiu tranquilizá-los, chamaram Gilmar Mendes, que também foi ao Planalto, fora de agenda, para saber até que ponto a ameaça do general Villas Bôas tinha procedência.
Bolsonaro, que só pensa em livrar os filhos Flávio e Carlos, até tentou acalmar os ministros, disse que o Exército está sob controle, o Supremo é soberano para decidir, não há ameaça à democracia etc. e tal. Mas os ministros sabem que estão extrapolando suas funções e que as aparências enganam.
NÃO VAI SE CALAR – Na terça-feira, antes de se pronunciar no Twitter, o general Villas Bôas transmitiu um vídeo aos militares, em que avisou que não vai se calar. E a dúvida é saber se no Forte Apache a palavra do ex-comandante ainda é uma ordem.
O mais importante é que, ao contrário do pensam (?) Bolsonaro e os três ministros do Supremo, a democracia brasileira não está sob ameaça, caso os Três Poderes insistam em concretizar o pacto pela impunidade, como ocorreu na Itália, ao sepultar a célebre Operação Mãos Limpas.
No Brasil, quem corre risco direto é o presidente Bolsonaro e os membros do Supremo que pretendem inviabilizar a Lava Jato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário