MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 19 de outubro de 2019

Acredite se quiser! Brasil e Venezuela são reeleitos para Conselho de Direitos Humanos da ONU


Os votos da eleição para o Conselho de Direitos Humanos da ONU são coletados na Assembleia Geral em Nova York Foto: Reprodução UNTV
Costa Rica se candidatou, mas não conseguiu vencer a Venezuela
André Duchiade
O Globo
O Brasil foi reeleito para o Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta quinta-feira, para o triênio de 2020 a 2022, em votação realizada em Nova York, na Assembleia Geral da organização. O país disputava com Costa Rica e Venezuela uma das duas vagas para a região da América Latina e do Caribe. O Brasil ficou em primeiro lugar na votação regional, conseguindo 153 votos entre os 193 países-membros da ONU. A Venezuela, com 105 votos, ficou em segundo e ocupará a outra vaga. A Costa Rica, que lançou a sua candidatura há só duas semanas, teve 96 votos.
Entidades de direitos humanos pressionaram nas últimas semanas para que Brasil e Venezuela não fossem eleitos, o que motivou a candidatura da Costa Rica, com o objetivo declarado de barrar Caracas.
CONTRA MADURO – A insatisfação era principalmente contra a candidatura do governo de Nicolás Maduro, que, segundo denúncias, incluindo da alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, sistematicamente viola os direitos fundamentais.
Em nota, o Itamaraty qualificou a vitória brasileira de “importante e justa”, lamentou a eleição da Venezuela e prometeu atuar para “promover a liberdade, a dignidade e os direitos humanos ao redor do mundo”. “Esse resultado demonstra o sólido reconhecimento internacional das credenciais do Brasil em matéria de promoção e proteção dos direitos humanos”, diz a nota.
Camila Asano, coordenadora de programas da Conectas, ONG credenciada na ONU que publicou uma carta contra a candidatura brasileira, disse que “a eleição do Brasil não significa um cheque em branco para o governo atuar como deseja no conselho”.
PUNIÇÕES — “As regras da ONU contemplam a possibilidade de um membro eleito ser suspenso ou até mesmo expulso. E a sociedade civil seguirá com o seu trabalho de denunciar internacionalmente violações de direitos humanos no país, além de monitorar a política externa brasileira e cobrar da comunidade internacional uma maior atenção a esse cenário” — afirmou Camila Asano.
“Apesar de um histórico horrendo em direitos humanos, a Venezuela se elegeu, por uma margem estreita, para o Conselho de Direitos Humanos. Uma escolha profundamente equivocada que trai os ideais do Conselho de Direitos Humanos”, lamentou o diretor-adjunto da Human Rights Watch, Philippe Bolopion. Os outros países eleitos para o triênio foram Líbia, Sudão, Mauritânia, Indonésia, Coreia do Sul, Japão, Ilhas Marshall, Polônia, Armênia, Holanda e Alemanha.

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