POLITICA LIVRE
Depois de dar um prêmio de “estadista do ano” para Luiz Inácio
Lula da Silva em 2010, o Fórum Econômico Mundial estende o tapete
vermelho para o ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro. Nesta
terça-feira, 15, em Genebra, os organizadores do evento apresentaram sua
agenda para o encontro que ocorre a partir da semana que vem na estação
de esqui da Suíça. Por enquanto, Moro tem uma agenda mais carregada que
a do próprio presidente, Jair Bolsonaro, que faz sua estreia
internacional no evento na Europa. A delegação brasileira viaja dia 21 e
ainda é composta pelo filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, pelo
chanceler Ernesto Araujo e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Mas é
para Moro que as atenções estarão direcionadas. Fontes do alto escalão
de Davos indicaram ao jornal “O Estado de S. Paulo” que querem saber do
ministro quais seus planos para combater a corrupção no País. No dia 22
de janeiro, Moro será um dos principais integrantes de um debate sobre
“restaurar confiança e integridade”. Ele divide o palco com a presidente
da entidade Transparência Internacional, Delia Ferreira Rubio, e com o
especialista suíço Mark Pieth. “Níveis historicamente baixos de
confiança entre acionistas estão no coração de muitos desafios políticos
e econômicos no mundo”, escreveu o Fórum. “Como empresários, governos e
sociedade civil podem restaurar integridade e confiança em liderança?”,
questiona Davos. Dois dias depois, Moro será o principal nome de um
debate sobre “crime globalizado”. Ele divide o palco com o
secretário-geral da Interpol, Jurgen Stock, e com uma especialista
britânica, Karin von Hippel. “Um oitavo da fortuna global está envolvida
em atividades financeiras ilícitas, o que afeta o funcionamento tanto
do setor público como privado”, indicou Davos. “Como novos parcerias
podem ajudar a dar um fim a esses ciclos?”, propõe o Fórum. Ao
presidente Bolsonaro, Davos reservou um palco exclusivo para que o
brasileiro faça sua alocução, provavelmente na terça-feira. Mas, por
incertezas no programa diante da ausência de Donald Trump e outros
líderes, o evento com Bolsonaro ainda não aparece na agenda oficial de
Davos. Os organizadores, porém, insistem que o presidente brasileiro
terá seu espaço.
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