Foto: Estadão
O médium goiano João Teixeira de Faria, o João de Deus
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou hoje (15) à
Justiça estadual a segunda denúncia contra o médium goiano João Teixeira
de Faria, o João de Deus. Preso em caráter preventivo desde 16 de
dezembro, João de Deus é acusado de cometer crimes de estupro de
vulnerável e violação sexual mediante fraude. Ele nega ter abusado de
frequentadoras do centro espírita Casa Dom Inácio de Loyola, em
Abadiânia (GO). A primeira denúncia contra o médium foi apresentada
pelos promotores que integram a força-tarefa do MP-GO no dia 28 de
dezembro e aceita pela Justiça estadual em 9 de janeiro. Hoje, além da
segunda denúncia, os promotores apresentaram à Justiça um novo pedido de
prisão em nome do médium. João de Deus está detido no Centro de
Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região
metropolitana da capital do estado. “O trabalho do Ministério Público
não se encerra aqui. Há ainda uma série de relatos que vão ser
instruídos. Vamos continuar ouvindo eventuais vítimas e, embora possa se
tratar de um certo número de vítimas, este número não representa o
total de vítimas abusadas, que pode ser muito maior”, disse o promotor
Luciano Meireles. Segundo a promotora Gabriella de Queiroz, a nova
denúncia está embasada na apuração de 13 supostos casos, dos quais oito
já prescreveram, ou seja, já não podem mais ser levados a julgamento.
Entre as mulheres que se apresentam como vítimas do médium, algumas
afirmam ter sofrido abusos sexuais quando eram crianças ou adolescentes.
Além de levar adiante a denúncia de cinco das supostas vítimas cujos
casos não estão prescritos, os promotores indicarão as outras oito
supostas vítimas como testemunhas, anexado seus depoimentos ao processo.
Agência Brasil
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