"Em vez de vilipendiar a masculinidade, é preciso reforçar o papel
histórico dos homens na proteção das mulheres e do lar, na parceria na
criação e cuidado com os filhos, e não o uso de espantalhos ideológicos
preconceituosos para agradar a sanha de meia dúzia de ativistas
enlouquecidas e mal resolvidas". Texto incisivo de Ana Paula do Vôlei em defesa dos homens, agora vilipendiados por sua masculinidade tóxica:
Como meus queridos leitores sabem, passei o último ano tentando
trazer um pouco de racionalidade para o debate sobre transsexuais no
esporte. A invasão de homens biológicos nos esportes femininos não é
apenas errado, é um ataque frontal e um desrespeito inaceitável às
mulheres, algo tão óbvio que a própria discussão é, em si, ultrajante.
Agora é a vez de sair em defesa dos homens.
A polêmica da semana por aqui na América é o comercial de TV da
Gillette, a famosa fabricante de lâminas e produtos de limpeza da
gigante Procter & Gamble, que resolveu atacar o que, imagina, é a
atitude padrão dos homens: estuprar, assediar e agredir, entre outros
crimes indefensáveis. Entre outras narrativas absurdas apresentadas no
comercial, a empresa propõe a todos os homens “barbear sua masculinidade
tóxica”! A mudança estaria começando agora com os movimentos feministas
radicais, como o “Me Too”, o mesmo que demorou vinte anos pra levantar
dos sofás das produtoras de Hollywood, já que nunca teria ocorrido a
ninguém na história que estuprar, assediar ou agredir era errado.
Obrigada, feministas!
Tente por um minuto imaginar um estuprador vendo uma manifestação de
moças de cabelo roxo, algumas usando fantasias de vagina, outras nuas,
urinando e urrando nas ruas de uma metrópole ocidental. Alguém
sinceramente acha que ele vai parar de estuprar por causa disso? Não
custa lembrar que muitas destas manifestações, repletas de celebridades,
foram financiadas e incentivadas por Harvey Weinstein, um dos maiores
estupradores e assediadores de Hollywood, o mesmo que financiou durante
décadas os filmes das moças do tal movimento “Me Too” mencionado acima. O
assunto é sério, mas não deixa de ter sua ironia.
Meninos e meninas, evidentemente, possuem qualidades e defeitos e
cabe a todos nós, como sempre coube, mostrar os melhores exemplos,
educar, disciplinar, colocar limites e orientar. Quando uma corporação
cria uma campanha bilionária focando num estereótipo extremo,
evidentemente não representativo da grande maioria dos homens que usam
seus produtos, ela está sendo, e não há outra palavra para usar,
preconceituosa. Um comercial com a mesma ideia sobre mulheres ou
qualquer minoria é possível? Você sabe a resposta.
Vou sempre sair em defesa de homens maravilhosos e honrados como meu
pai, meu marido, meu filho e grandes amigos porque sei que são educados
demais e ocupados o suficiente para não responderem a mais essa ofensa
de certas elites completamente desconectadas da realidade, encapsuladas
em seus mundinhos auto-referentes, que ao demonizar os homens acabam por
facilitar a vida de estupradores, assediadores e agressores que podem
assim alegar que são “homens como todos os outros” e desaparecer na
multidão. Se o comportamento abusivo é padrão e natural, como condenar
os criminosos por seus crimes? Eles estão apenas “sendo homens”, na
lógica perversa e pervertida do extremo-feminismo.
Em vez de vilipendiar a masculinidade, é preciso reforçar o papel
histórico dos homens na proteção das mulheres e do lar, na parceria na
criação e cuidado com os filhos, e não o uso de espantalhos ideológicos
preconceituosos para agradar a sanha de meia dúzia de ativistas
enlouquecidas e mal resolvidas. Mesmo como estratégia de negócios, basta
uma rápida olhada nas manifestações destas autoproclamadas feministas
para ver que não são exatamente o público consumidor preferencial de
lâminas para depilação.
Desde que o mundo é mundo, há estupradores, assediadores e
agressores, e a maneira de combater estes crimes passa necessariamente
pelo trabalho heroico de homens de bem. Um breve estudo comparado das
diversas sociedades ao longo da história bastaria para qualquer um
concluir que a América contemporânea é, sem qualquer dúvida, o melhor
lugar para que mulheres possam viver, trabalhar, estudar, criar os
filhos e se realizar plenamente em todos os papéis que sonharem.
Tenho vergonha, como mulher, por todas as ingratas que não reconhecem
isso, as mesmas que costumam relativizar os mesmos crimes em outras
culturas onde mulheres não têm nenhuma voz na sociedade. Fica cada dia
mais óbvio que o atual feminismo, e os engajados pagadores de pedágio
ideológico, tem muito mais raiva dos homens do que amor pelas mulheres.
Se os responsáveis pela campanha publicitária tiveram problemas com
homens durante suas vidas, que tomem as devidas providências mas não
usem seus recursos quase ilimitados para fazer terapia de grupo nas
casas dos milhões de homens que amam, protegem, ajudam e convivem
harmoniosamente com as mulheres e nunca fizeram nada por merecer tamanha
ofensa.
O comercial, que não passa de uma forçada de barra cafona num
impressionante contorcionismo ideológico para tentar emplacar a tese das
feministas de Hollywood de que todos os homens são iguais, é apenas
mais do mesmo da atual bolha progressista, mais um discurso vazio da
geração mais afetada e autoindulgente da história e que só engana
trouxas ou desavisados.
Como ouvi recentemente, é preciso parar com a ideia bizarra de que
homens são “mulheres com defeito” e basta “castrá-los” para que sejam
dóceis, obedientes e respeitadores. Aqui deixo meu beijo carinhoso a
todos os homens que foram injustamente atacados por uma peça
publicitária pobre e feita apenas para colocar mais verniz na narrativa
idiota e inútil do “Mulheres X Homens”. Que nós mulheres sejamos sempre
gratas aos bons homens que lutam há séculos por um mundo livre e seguro
para todas nós. Foram bons homens que criaram as leis que proíbem os
crimes que supostamente incomodam as feministas mais radicais. E eles
são a regra, não a exceção.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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