quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Compatibilizar capital e trabalho é um desafio essencial para Bolsonaro


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Charge do André Dahmer (Arquivo Google)
Pedro do Coutto
O título, acredito, reflete bem o desencontro através dos tempos entre as duas forças da produção econômica. Mas não se chegou ainda, exceções confirmando a regra, a uma compatibilização justa tanto para o capital quanto para o trabalho. Faz parte de um elenco de contradições que se movimentam na trajetória humana. São elas existência e eternidade. Corpo e espírito. Capital e trabalho, um sinal de “mais” de um lado, e um de “menos” de outro.
Essas colocações até hoje não conseguiram mudar o panorama que envolvem a população, no nosso caso a brasileira, e muito menos a população do planeta no qual habitamos.
ATUAÇÃO POLÍTICA – Dito isso, não significa uma desistência de tentativas que se renovam para problemas que se repetem. Porém, no caso de capital e trabalho é algo que depende de uma atuação política, já que sem ela não pode haver fixação de poder. O nome poder sintetiza tudo, principalmente a organização democrática das estradas humanas nas quais verifica-se o choque de interesses. Tanto os legítimos quanto os ilegítimos. Fazem parte de um jogo que se repete e eterniza.
Não há, entretanto, como mudar a dualidade da existência e eternidade, tampouco os sinais de “mais” e de “menos”, além de tentar decifrar a ansiedade entre corpo e espírito. Não estou sendo original ao dizer isso. Muitos já o fizeram nas curvas da história. Entretanto, por ser uma questão material, portanto terrena, de todas as equações, a que apresenta melhores condições para ser equacionada está nas relações entre capital e trabalho. No caso brasileiro, a decisão diz respeito a partir de ontem ao presidente Jair Bolsonaro.
EQUILÍBRIO DE FORÇAS – Se o presidente começar a se empenhar na tentativa de alcançar o equilíbrio relativo de forças, logo na alvorada de seu governo, estará indo ao encontro da população brasileira composta por mais de 200 milhões de pessoas. Ele tem base política para enfrentar o desafio, que aliás torna-se essencial, não só para ele, como também para o futuro urgente de nosso país.
Está respaldado pela confiança de 65% dos homens e mulheres, conforme revelou pesquisa do Datafolha, publicada na edição de ontem pela Folha de São Paulo, e analisada pelo editor Igor Gielow. Portanto, não poderia haver cenário melhor para que Bolsonaro iniciasse seu trabalho e sua missão, que deve ser bastante positiva na medida em que tiver a capacidade e sensibilidade para exercer seu poder em favor de todos os brasileiros e brasileiras.
A questão do capital e trabalho, assim, está posta. Os dados do futuro estão colocados as suas mãos. Agora tudo depende de si próprio. Os votos ele já obteve. Deverá agora retribuí-los no palco do país.

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