MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 9 de dezembro de 2018

Vamos torcer para que o presidente Bolsonaro nada tenha feito de irregular



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Assessor Fabricio precisa ser investigado
Jorge Béja
“Ninguém recebe ou dá dinheiro sujo em cheque nominal”. A afirmação é de Jair Bolsonaro, neste sábado, 8 de dezembro. Bolsonaro ainda esclareceu que emprestou dinheiro ao assessor parlamentar de seu filho e que Queiroz, beneficiário do empréstimo, estava devolvendo o dinheiro emprestado através da emissão de cheques no valor de 4 mil reais cada um. A explicação pode ser verdadeira, mas vai depender de provas, porque a movimentação na conta do assessor Queiroz foi além dos R$ 1,2 milhão, muito expressivo e fora do alcance de quem recebia por mês salário de pouco mais de R$ 20 mil.
Mas a afirmação de Bolsonaro de que ninguém recebe ou dá dinheiro sujo em cheque nominal não basta. É determinação antiga do Banco Central de que cheques acima de R$ 100,00 só podem ser pagos se forem cheques nominais. Se não forem, os cheques são devolvidos pelo motivo (alínea) 48 – “emitido sem a identificação do beneficiário acima o valor estabelecido”.
OBRIGATORIEDADE –  afirmação de Bolsonaro (“ninguém recebe ou dá dinheiro sujo em cheque nominal”) deixa entender que se o cheque não for nominal, aí se pode receber ou dar dinheiro sujo através de cheque, desde que não seja cheque nominal. Bolsonaro se esqueceu da determinação do Banco Central sobre a obrigatoriedade da identificação do beneficiário dos cheques acima de R$100,00.
Ao rigor da lei, não tem escapatória, A promotoria pública, federal e/ou estadual, que tomar conhecimento de tamanhas extravagâncias (movimentação de elevada quantia transitando na conta bancária de Queiroz, incompatível com seus ganhos, e a destinação de parte dela a terceiros, incluindo a esposa de Jair Bolsonaro) obrigatoriamente cumpre-lhes abrir investigação e até mesmo inquérito para a elucidação dos fatos.
PODER MORAL – Vamos torcer para que tudo seja esclarecido e ao final chegue-se à conclusão de que nada de irregular ou criminoso aconteceu. Porque se a conclusão não for esta, a decepção para o povo brasileiro será enorme, porque a figura do “mito” Bolsonaro cairá por terra e o presidente eleito deterá o poder temporal do cargo, mas sem o poder moral que lhe é sempre indispensável. E sem poder moral não será respeitado.

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