MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 13 de novembro de 2018

Operação Espelho: PF apreende R$ 100 mil e dois mil cheques


Ação visa desarticular esquema de fraudes em importações identificado no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, em Salvador

Redação
BAHIA.BA
Foto: Divulgação/ PF-BA
Foto: Divulgação/ PF-BA

A Polícia Federal apreendeu, nesta terça-feira (13), na Operação Espelho, a quantia de R$110.000, além de dois mil cheques, equipamentos eletrônicos e diversos documentos.
Também foram encontrados 34 equipamentos de oftalmologia, 16 mil euros, 18 mil ienes, 900 coroa dinamarquesas, duas pistolas e diversos notebooks, computadores e celulares de uso pessoal dos alvos.
A ação visa desarticular esquema de fraudes em importações identificado no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, em Salvador. Cerca de 30 policiais federais cumpriram sete mandados de busca expedidos pela Justiça Federal baiana em empresas e nas residências dos investigados.
As diligências, que contam também com a participação de 16 servidores da Receita Federal, foram realizadas em Salvador, e também em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Investigação – A apuração iniciou em junho de 2017, quando a Receita Federal constatou, no aeroporto de Salvador, que uma carga proveniente de Miami (EUA), que tinha documentos de importação alegando tratar-se de máquinas cortadeiras domésticas, mas que continha, na verdade, celulares, aparelhos oftalmológicos, drones, óculos, equipamentos eletrônicos e vinhos, no valor total de mais de R$ 10 milhões.
Além da falsidade quanto ao conteúdo da carga, verificou-se também que os verdadeiros importadores eram diversos da empresa declarada, a qual, suspeita-se, além daquela operação, teria sido utilizada para acobertar diversas outras importações fraudulentas, cujos valores podem chegar próximo dos R$ 400 milhões.
A partir dessas informações provenientes da Receita Federal, a PF instaurou inquérito policial, através do qual foi possível identificar os empresários, contadores e despachantes suspeitos de participar do esquema ilícito em Salvador, contra os quais foram cumpridas as medidas. A suspeita é de que esse mesmo modus operandi tenha sido utilizado pelos investigados também em outros estados.
Além da perda das mercadorias, em procedimento administrativo a cargo da Receita Federal, as condutas sujeitam os investigados à responsabilização criminal, incidindo nos crimes de descaminho por via aérea, falsidade ideológica e participação em organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam os 20 anos de reclusão.
A operação foi batizada “Espelho” em uma referência à atuação da organização criminosa, que mantinha uma carga licitamente importada e declarada no terminal alfandegado, mesmo após o seu desembaraço, a fim de ser apresentada no lugar das importações fraudulentas subsequentes em caso de fiscalização da Receita Federal, sendo aquela carga lícita chamada de “espelho”.

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