Muita gente pensou que fosse brincadeira a proposta da senadora Kátia Abreu, do PDT do Tocantins, ao defender que o candidato petista Fernando Haddad renunciasse à campanha presidencial nas eleições 2018, “em nome da democracia”. Mas a sugestão era mesmo para valer, para que o petista, ao abandonar a disputa, abrisse espaço para que Ciro Gomes viesse a ser o adversário de Jair Bolsonaro neste 28 de outubro.
“Eu não estranharia e acharia muito digno se Haddad desistisse da candidatura, diante da possibilidade de entregar o País a um fascismo religioso”, declarou, referindo-se a Bolsonaro. “A lei é clara. Se ele renunciasse à sua candidatura, Ciro Gomes seria o candidato. E era o único capaz de vencer Bolsonaro”.
DIZ A LEI – Sua proposição encontra amparo legal no artigo 77 da Constituição Federal, que em seu inciso 4º determina que “se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação”.
A senadora foi taxativa, ao afirmar que, não fará campanha para Haddad, apesar da decisão do partido de optar pelo “apoio crítico”. Afirmou que o “PDT só deu apoio crítico ao PT para não dar uma de Pôncio Pilatos, para não lavar as mãos diante da ameaça e fascismo que a outra candidatura representa. O PT, que tinha uma causa lá atrás, não existe mais, não vale a pena defender”.
E declarou que votará em “branco” ou “nulo” no segundo turno. A senadora só esquecer de esclarecer se ela continuaria como a vice da chapa ou seria substituída pela Manuzinha…
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