A pedido do PSL,
partido do presidenciável Jair Bolsonaro, a Justiça Eleitoral do Paraná
determinou a realização de uma auditoria em urnas de quatro seções
eleitorais do estado.
O objetivo é verificar o funcionamento
das urnas usadas no primeiro turno das eleições, que foram alvo de
reclamações de eleitores no dia da votação.
Nas quatro seções, que ficam nas cidades
de Curitiba e Campo Largo, os eleitores narraram que o voto era
encerrado imediatamente após a digitação dos dois números para
presidente, sem que pressionassem a tecla “confirma”. As reclamações
foram registradas em ata.
Na decisão que determinou a auditoria, o
desembargador Gilberto Ferreira, corregedor eleitoral do TRE (Tribunal
Regional Eleitoral) do Paraná, destacou que já são realizadas ações de
fiscalização e segurança nas urnas, como auditorias monitoradas,
cerimônias públicas de geração de dados, entre outras.
Ferreira, porém, considerou que o TRE
tem “o dever de processar e apurar todas as denúncias de irregularidades
que possam macular o processo eleitoral, não só para punir eventuais
infratores, como para corrigir e aprimorar o sistema para os próximos
pleitos eleitorais”.
A auditoria será realizada na semana que
vem, a partir do dia 19, com a presença de representantes do Ministério
Público Eleitoral, OAB, Polícia Federal e imprensa. Uma audiência
pública foi marcada para o dia 18.
Em nota nesta semana, o TRE informou
que, em todas as seções em que houve reclamação, os votos dos eleitores
presentes foram computados na íntegra, como demonstram os boletins de
urna (uma espécie de extrato dos votos registrados).
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