MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 18 de setembro de 2018

PF mira filho de ministro de TCU e assessor de Paulinho da Força


Tiago Cedraz é filho de um ministro do TCU
Deu em O Globo
A Polícia Federal (PF) deflagrou a quarta fase da Operação Registro Espúrio na manhã desta terça-feira. O objetivo desta vez é investigar desvios de valores da Conta Especial Emprego e Salário (CEES). Autorizada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a ação tem como principais alvos um filho de ministro do Tribunal de Contas da União e o chefe de gabinete do deputado Paulinho da Força (SD-SP). O advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz, e Marcelo de Lima Cavalcanti são alvos de busca e apreensão.
Os agentes federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão e nove ordens judiciais de prisão temporária em Brasília, Goiânia, Anápolis, São Paulo e Londrina. As informações são do G1.
BUSCA E APREENSÃO – Os agentes fazem buscas no apartamento e no escritório de Tiago, que já havia sido alvo da 45ª fase da Operação Lava-Jato, em agosto do ano passado. Ele foi intimado a depor e compareceu à superintendência da PF em Brasília, na ocasião. O lobista Jorge Luz contou que o advogado intermediou conversas entre a companhia Sargeant Marine e a Petrobras. Em contrapartida, teria recebido US$ 20 mil dólares em propina. Tiago nega qualquer conduta ilícita.
A ação indicava ainda que Tiago e outro advogado mantinham US$ 50 mil em comissões em contas na Suíça. O sócio dele Bruno Galeano é alvo de mandado de prisão temporária nesta terça-feira, segundo o G1. A PF chegou a pedir a prisão do filho do ministro do TCU, mas Fachin negou. O advogado é intimado a depor.
ESQUEMA – Em junho, O  Globo mostrou que a Força Sindical indicou Cedraz para representá-la no grupo de trabalho montado dentro do Ministério do Trabalho para tentar efetivar de vez os repasses das contribuições sindicais retidas na Caixa. Ele é secretário de Assuntos Jurídicos do Solidariedade. Outro sócio de Tiago no escritório mantido em Brasília, o advogado Bruno de Carvalho Galiano, também passou a contribuir formalmente com o grupo que deve decidir os rumos do bolo de R$ 500 milhões que pode engordar o caixa das centrais. Ele foi nomeado como representante da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). Bruno é filiado ao Solidariedade na Bahia desde fevereiro de 2016.
Na ação de hoje, a PF apura uma suposta organização criminosa que atuaria em restituições de contribuições sindicais recolhidas a maior ou indevidamente da CEES. Os agentes investigam crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.
FRAUDES SINDICAIS – A Operação Registro Espúrio, cuja primeira fase fora deflagrada em maio deste ano, apura uma série de fraudes na concessão de registros sindicais por parte do Ministério do Trabalho. Desde então, Helton Yomuna foi afastado da chefia do ministério em julho. A concessão de registros também foi suspensa.
Em agosto, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou 26 pessoas por organização criminosa numa suposta atuação no Ministério do Trabalho. Entre eles estão o ex-ministro do Trabalho Helton Yomura; o presidente do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson; e os deputados Cristiane Brasil (PTB-RJ), Jovair Arantes (PTB-GO), Nelson Marquezelli (PTB-SP), Paulinho da Força (SD-SP) e Wilson Filho (PTB-PB).
A acusação utiliza informações da delação premiada de Renato Araújo Júnior, ex-coordenador de Registro Sindical, revelada pelo Globo. Araújo relatou que atendia aos interesses de Cristiane Brasil e Roberto Jefferson dentro da pasta. Ainda foram utilizadas informações obtidas por meio de medidas cautelares, como quebras de sigilo e buscas e apreensões.
PAI E FILHA – Roberto Jefferson e Cristiane Brasil orientaram uma ONG que prestava serviços à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) a fraudar os requisitos necessários para conseguir o registro sindical no Ministério do Trabalho, segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado do Rio (Sindaperj), Wilson Antônio Camilo Ribeiro. Ele denunciou o caso em 2016/2017 ao Ministério Público Federal (MPF) e ao próprio Ministério do Trabalho.
No começo deste mês, Fachin determinou a abertura de inquérito para investigar o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, e sua chefe de gabinete, Vivianne Lorenna Vieira, por suspeita de corrupção e associação criminosa no âmbito da Operação Registro Espúrio. Marun nega ter recebido qualquer vantagem, devida ou indevida.
O ministro do STF também mandou instaurar outros dois inquéritos: um envolvendo os senadores Cidinho Santos (PR-MT) e Dalírio Beber (PSDB-SC) e outro envolvendo os deputados federais Wilson Santiago Filho (MDB-PB), Jovair Arantes (PTB-GO), Nelson Marquezelli (PTB-SP), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Paulinho da Força (SD-SP).
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