MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Alckmin ataca extremismo de Bolsonaro e peronismo de Lula que sustenta Haddad


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Alckmin vai mudar o eixo de sua campanha na TV
Pedro do Coutto
Numa entrevista a Vandison Lima, o ex-governador Geraldo Alckmin anunciou uma revisão de sua estratégia nas três semanas que faltam para o primeiro turno nas eleições presidenciais. Alckmin destacou que um segundo turno entre Bolsonaro e Haddad representa um risco para o Brasil. Acentuou que Bolsonaro é inexperiente e que Haddad representaria de forma indireta Lula no poder. Por isso ele vai refazer sua presença no horário gratuito da televisão e do rádio, período em que se esgota à meia-noite de 4 de outubro.
Alckmin de acordo com reportagem de Vera Rosa e Pedro Venceslau, O Estado de São Paulo de ontem, enfocou o resultado de uma pesquisa do MDA que ressaltou um avanço na posição do candidato do PT.
PERONISMO – A candidatura Fernando Haddad – digo eu – é sustentada por uma versão que se pode chamar de peronismo através do qual Lula sustenta a candidatura do ex-prefeito da cidade de São Paulo. Por que, na minha opinião a transmissão de votos de Lula para Haddad baseia-se muito mais no populismo do ex-presidente do que em manifestação da extrema esquerda? Simplesmente porque, da mesma forma que no caso de Juan Domingo Perón, a força do PT baseia-se na imagem de um só homem.
A ideologia, para Lula, fica em segundo plano. Ele deseja vencer através da vitória de seu candidato, que aliás custou a aceitar. Não há maior conotação ideológica ou filosófica na sombra de Lula sobre Haddad. Há apenas um desejo de tornar possível a revisão do processo que o condenou. Essa revisão me parece impossível, mas parece factível aos olhos lulistas impulsionando a candidatura Haddad.
DEBANDADA – Alckmin está enfrentando uma debandada da sua base alicerçada no Centrão, com transferências para Haddad e para Bolsonaro. Alckmin completa o vértice do triângulo. Mas esse vértice pode afastá-lo do segundo turno. Alguns leitores poderão até dizer ou se surpreender com a referência que faço ao peronismo. O peronismo, como o varguismo, sempre atacou a esquerda depois de ter flertado com a direita.
No Brasil Vargas elegeu Dutra, na Argentina Perón elegeu a si próprio, Frondizi em 58, elegeu Arturo Illia em 63, Hector Campora em 72 e tornou-se vitorioso nas urnas de 73 com quase 2/3 dos votos. Por isso é que se verifica que o populismo é mais forte do que a esquerda e de maneira indireta pode servir de base para a direita. Encontra-se aí a explicação dos fenômenos Bolsonaro e Haddad.
Nesse quadro Ciro Gomes aguarda o sentido da maré. Ele não tem subido nem caído nas pesquisas. Por falar em pesquisa, vamos comentar depois o levantamento concluído ontem, terça-feira.
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