MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 17 de julho de 2018

“As conversas apontam para Bolsonaro”, diz Araújo


José Carlos Araújo disse que boa parte dos parlamentares do PR são simpáticos à hipótese de coligar com os bolsonaristas

Tribuna da Bahia, Salvador
17/07/2018 08:01 | Atualizado há 3 horas e 36 minutos
   
Foto: Divulgação

Por Henrique Brinco
O Partido Republicano vive um imbróglio nacional e ainda não sabe com quem vai seguir no pleito de 2018. O presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, tem o desejo de que a agremiação coligue com o pré-candidato do PSL ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro. Ele acredita que a aliança pode significar crescimento na bancada de deputados para os republicanos, com ou sem a eleição do deputado federal. O problema é que o PR, que nos últimos pleitos foi fortemente coligado aos partidos de esquerda, já tem enlaces sacramentados em diversos estados. Sem falar que o próprio Bolsonaro tem resistência em fazer uma ampla coligação com a legenda – na verdade, ele está há meses em “flertando” com o senador capixaba Magno Malta (PR-ES) para que seu vice. A cúpula do PR, no entanto, está disposta a emplacar Josué Alencar, filho do ex-vice-presidente José Alencar. Uma das possibilidades seria anunciá-lo como vice do ex-presidente Lula agora e, depois, com a inelegibilidade do petista confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral, alçá-lo ao posto de cabeça de chapa.
Diante desse imbróglio, a Tribuna foi consultar a opinião do presidente baiano do PR, deputado federal José Carlos Araújo, para saber o que ele acha sobre o tema. O parlamentar também acredita que o partido está dividido sobre o tema, mas revela que boa parte dos parlamentares são simpáticos a hipótese de coligar com os bolsonaristas.“Josué Alencar é um grande nome. É preparado e é herdeiro do pai. Agora, o problema é o tempo. Acho o tempo curto para poder fazer Josué Alencar ser candidato. Se ele saísse [pré-candidato] desde o início, 45 dias [de campanha] já seria pouco tempo. Ainda mais se fosse [coligar com o PT]. Seria muito pouco tempo para fazê-lo conhecido”, analisou.
Indagado sobre a possibilidade de os republicanos fecharem com o grupo de Ciro Gomes, pré-candidato pedetista, Araújo foi ainda mais cético. “Olha, eu não sei. Conversei com Valdemar na semana passada e não tinha nada ainda decidido. Ele tinha conversado com o MDB, com o PTB e já teria descartado a aliança com o PSDB. O que vai ser decidido eu não sei”, revela. Segundo o baiano, tudo o que está sendo cogitado ainda não passa do estágio do empirismo. “Se for ouvir os deputados do PR, grande parte deles estão optando por Bolsonaro. As conversas apontam para Bolsonaro. Entretanto, tudo pode acontecer. Inclusive nada”, ironiza.

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