“Nós confirmamos que os Estados Membros votaram (por unanimidade) em favor do descredenciamento de 20 estabelecimentos brasileiros dos quais importações de carne e produtos de carne (principalmente aves) estavam autorizadas”, disse a comissão.
A medida passa a valer 15 dias após a publicação da decisão em diário oficial do bloco.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, algumas unidades são da BRF, envolvida na Operação Carne Fraca, da Polícia Federal.
Ministério da agricultura
Na terça-feira (17), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, anunciou que vai recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio) contra a União Europeia, por causa do descredenciamento.
Para Blaggi, a decisão trata-se de uma guerra comercial da União Europeia.
— Estão aproveitando para nos tirar do mercado em nome da sanidade, o que não é verdadeiro.
O ministro ainda disse que a preocupação com a presença de salmonella, alegada pelo bloco, não tem justificativa técnica, já que é possível exportar cortes de frango in natura para os países da comunidade europeia, com a proibição para apenas dois tipos da bactéria.
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luís Rangel, apesar do bloco econômico ter aumentado para 100% a inspeção da carne de aves desde março de 2017, o índice de alertas sobre a presença da bactéria salmonella ficou no mesmo nível de um ano atrás, quando apenas 20% da carga era avaliada.
Rangel também disse que, se a carne de frango não for consumida crua, a presença de salmonela não traz risco à saúde humana.
Carne Fraca
Em março deste ano, a PF (Polícia Federal) deflagrou a operação Trapaça, terceira fase da Carne Fraca. A investigação descobriu um esquema de fraudes em laboratórios perante o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Segundo a PF, cinco laboratórios fraudavam os resultados de exames em amostras de seu processo industrial, “informando ao Serviço de Inspeção Federal dados fictícios em laudos e planilhas técnicos”.
R7
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