REVISTA DA SOCIEDADE MILITAR
No
dia do EXÉRCITO a Mensagem do General Villas Bôas para a tropa fala de
IDEOLOGIZAÇÃO, eleições, corrupção e assassinatos. O COMANDANTE não
abre mão de dizer para todos os militares que a força terrestre não pode
ficar alheia aos problemas nacionais.
Hoje, 19 de abril de 2018, comemoramos 370 anos da Batalha dos Guararapes, berço histórico do Exército Brasileiro.
Naquela
oportunidade, o sentimento de Nação fez brotar a sinergia necessária
para derrotar os invasores estrangeiros, mais numerosos e mais bem
armados. Consolidamos ali, pela união das raças e convergência de
ideais, o sentimento de Pátria.
Em
solo nordestino, plantamos a raiz do Brasil de hoje, com negros,
brancos, índios e mestiços, irmanados e ombreados para expulsar o
invasor. Evoluímos, desde então, inspirados nos exemplos da Insurreição
Pernambucana. Vieram as lutas nativistas, a Independência, o combate às
insurreições, as campanhas na região do Prata, a Abolição da
Escravatura, a República, a Segunda Guerra Mundial e os desafios da
modernidade. Evoluímos em consciência e pujança.
Progressivamente,
firmaram-se as instituições de Estado, entre elas, as Forças Armadas e o
Exército, escoradas em forte sentimento de soberania e integridade
territorial, sempre em constante aperfeiçoamento.
Essa
caminhada, entretanto, não tem sido fácil e registra, como agora,
diversos momentos de crise, que exigem da sociedade sacrifício,
entendimento e coesão.
O
Exército – que surgiu em Guararapes, liderado por Vidal de Negreiros,
Felipe Camarão, Henrique Dias, João Fernandes Vieira e Antônio Dias
Cardoso, todos reconhecidos como “Heróis da Pátria” – prefere não adotar
os conceitos de sociedade civil e sociedade militar. Junto à Marinha e à
Força Aérea, integra uma sociedade única, capaz de entender as lições
do passado, participar continuamente da construção do presente e
contribuir com um futuro de paz, justiça e prosperidade para todos os
brasileiros.
O
Exército de hoje renova, diariamente, seu compromisso de defender,
desde sempre, a Pátria, a soberania e a liberdade. Cada vez mais, faz-se
presente em todo o território nacional: na fronteira do Estado de
Roraima, onde acolhe e ampara os irmãos venezuelanos em uma operação
interagências; no Rio de Janeiro, contribuindo diretamente com a
Intervenção Federal; na Garantia da Lei e da Ordem, no lugar em que se
fizer necessário; nas Operações na Faixa de Fronteira, na qual combate
os ilícitos; no semiárido nordestino, onde distribui água. Indo além,
vistoria presídios, constrói e recupera vias de transporte, socorre
atingidos por calamidades e participa de missões de paz da ONU.
Inspirado
em seu nascedouro e fiel às ideias de seu Patrono, o Duque de Caxias,
atua em obediência à Constituição Federal e às leis, instrumentos que
precisam ser interpretados e compreendidos com objetividade e em
sintonia com a realidade nacional.
Ordem
e Progresso são substantivos de conotação clara e robusta, capazes, por
si sós, de iluminar nossa trajetória. Não acontecem sem respeito à lei,
sem amor ao País e sem honestidade de propósitos.
O
Exército Brasileiro não tem servidão maior do que a Pátria e, por
conseguinte, esteve e está presente em todos os episódios da nossa
História. Até por isso, não pode ser conhecido por outro nome ou rótulo.
Somos simplesmente o Seu Exército, aquele em que a nossa população
deposita elevados índices de credibilidade.
Nossa
Força Terrestre caminha em meio a dificuldades e desafios, entre os
quais estão um orçamento aquém dos imperativos de suas missões e a
defasagem salarial de seus soldados em relação às demais carreiras de
Estado, obstáculos que não desviam os militares do propósito de estar,
exclusivamente, dedicados e prontos para defender a Pátria.
E nossa Pátria precisa ser defendida!
Não
podemos ficar indiferentes aos mais de 60 mil homicídios por ano; à
banalização da corrupção; à impunidade; à insegurança ligada ao
crescimento do crime organizado; e à ideologização dos problemas
nacionais.
São
essas as reais ameaças à nossa democracia e contra as quais precisamos
nos unir efetivamente, para que não retardem o desenvolvimento e
prejudiquem a estabilidade. O momento requer equilíbrio, conciliação,
respeito, ponderação e muito trabalho.
Nas
eleições que se aproximam, caberá à população definir, de forma livre,
legítima, transparente e incontestável, a vontade nacional. Definido o
resultado da disputa, unamonos como Nação. Será esse o caminho para
agregar valores, engrandecer a cidadania e comprometer os governantes
com as aspirações legítimas de seu povo. O Exército acredita nesse
postulado.
Orgulhoso
é o Exército, que traz sua essência de Guararapes; nobre é o Exército,
que tem Caxias como Patrono; e feliz é o Exército, que se sente
integrado, querido e respeitado por seu País.
Brasil Acima de Tudo!
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