MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 22 de março de 2018

Após dois dias de protestos, Lula decide reavaliar sua “caravana” no Sul do país


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Lula em Santa Maria - Março 2018
Ruralista gaúcho usa o chicote conta militante do PT
Catia Seabra
Folha

Após dois dias de enfrentamento durante sua passagem pelo Rio Grande do Sul, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na noite desta terça-feira (19) com dirigentes petistas e coordenadores da caravana que protagoniza pelo país para reavaliar sua agenda e discutir medidas adicionais de segurança. Sob a orientação de Lula, petistas procuraram o ministro da Segurança, Raul Jungmann, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (MDB), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Secretaria de Segurança do Estado para relatar os conflitos da manhã desta terça-feira, quando um grupo de manifestantes fechou temporariamente o acesso à cidade de Santa Maria para impedir a presença do ex-presidente.
A polícia enviou reforços à cidade, enquanto a comitiva era escoltada por dezenas de carros da polícia e acompanhada por um helicóptero. Foram enviados 12 carros de polícia, incluindo a PRF.
NO ACOSTAMENTO – Lula e sua comitiva foram obrigados a aguardar em um acostamento até a desobstrução da pista. Na chegada à cidade, a caravana foi seguida por manifestantes até a Universidade Federal de Santa Maria. Por medidas de segurança, Lula trocou o ônibus por um carro de passeio.
No campus, opositores de Lula — um deles com um chicote — entraram em confronto com estudantes e integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra). Munidos de pedaços de paus, participantes trocaram socos e pontapés, sendo contidos por presentes.
Foi o momento de maior tensão ao longo de toda a caravana. O ex-ministro Miguel Rossetto, pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, chamou de fascista e fanatizada a tentativa de obstrução do trânsito de dois ex-presidentes — Dilma Rousseff também participa do périplo. “A caravana foi pensada para um ambiente sereno”, disse Rossetto.
SOB AMEAÇA – A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), por sua vez, disse que a integridade física de dois ex-presidentes está sob ameaça e cobrou providências.
“A caravana pacífica e democrática do ex-presidente Lula está sendo ameaçada e agredida por milícias profissionais formadas pela direita e extrema-direita aqui no Rio Grande do Sul”, afirmou.
A região Sul, escolhida para a quarta etapa da caravana, é onde o ex-presidente tem menos apoio. Segundo pesquisa Datafolha feita no fim de janeiro, 23% dos eleitores da região manifestaram intenção de votar no petista, contra 41% no Norte e 56% no Nordeste, por exemplo.
LULA INSISTIU – Conscientes do grau de hostilidade ao partido na região, petistas chegaram a questionar a oportunidade da passagem pelo Sul, mas Lula insistiu em ir.
O plano inicial é de, durante nove dias, Lula percorrer os três estados da região, totalizando 2,7 mil quilômetros. Além de visitas a universidades, a agenda tem como ponto forte a visita ao mausoléu de Getúlio Vargas, em São Borja, nesta quarta (21).
Nas etapas anteriores, a caravana percorreu estados do Nordeste, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Na segunda (19), Lula já havia sido recebido com protestos em Bagé. Ruralistas e simpatizantes do deputado federal Jair Bolsonaro tinham bloqueado, com caminhões e tratores, o acesso da comitiva à Unipampa (Universidade Federal dos Pampas).
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