quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
Cresce 9% o volume de venda de carros usados
Os baianos iniciaram o ano de carro novo, mas comprando um automével
usado; no ano passado, o setor cresceu e continua a vender bem
Foto: Romildo de Jesus
Por Rayllanna Lima
Os baianos iniciaram o ano de carro novo, mas comprando um automóvel usado. Após fechar o ano de 2017 com crescimento em torno de 9% no volume de negociações de veículos seminovos na Bahia, na comparação com 2016, o setor continua com força neste ano, conforme pontuou a Associação Oficial de Revendedores de Veículos do Estado (Assoveba). Somente a primeira quinzena deste mês superou em mais de 10% o mesmo período do ano passado.
Em entrevista à Tribuna da Bahia, a presidente da Assoveba, Daniela Peres, relatou que a confiança da população em veículos usados está cada vez maior, mesmo com a retomada dos veículos com 0 km. “O consumidor tem visto que é mais consciente comprar aquele carro que já sofreu desvalorização de mercado e está buscando seminovos com mais opcionais, mais completos. Ainda tem a condição de que muitos carros continuam com garantia de fábrica. Tivemos um ano de 2017 positivo, agora janeiro começa já com esse crescimento de 10%”, explicou.
A alta na procura por tais automóveis pode ser constatada nas lojas espalhadas pela capital baiana, como revelou o gerente da Sanave Volkwagen e da Nova Bahia Renault, Cleiton Reis. “Converso sempre com colegas de outras lojas e a satisfação é a mesma. Nossa expectativa é manter esse crescimento e chegar a dezembro com um resultado melhor”, disse.
Apesar dos bons resultados, Cleiton detalhou à Tribuna que o ramo tem se mantido em estado “muito sazonal”. “Dezembro do ano passado terminou aquém do que a gente esperava. Porém, nos meses anteriores, conseguimos manter um equilíbrio. Estamos em um mercado em que uma semana é boa, a outra já é ruim. Tenho percebido que a virada de uma quinzena para a outra tem sido forte. Geralmente na última semana, já com a perspectiva de salários, o público a concretizar suas compras”, destacou.
De acordo com ele, em 2017, a venda foi maior na Nova Bahia Renault, que registrou crescimento de 57%, na comparação com 2016. “Fevereiro já preocupa, por ser curto e começar dentro do clima de festa. Estamos preparando os nossos estoques para ter ‘carta na manga’ e fazer com que março continue com o clima bom que começou janeiro”, desejou o gerente.
Transações de usados cresceram em 6,3% no país
As transações de veículos usados no Brasil, considerando todos os segmentos automotivos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos), apresentaram crescimento de 6,36% em 2017, no comparativo com 2016. Ao todo, foram registradas 14.190.442 transferências em 2017, ante as 13.341.930 feitas no ano anterior, de acordo com os dados apresentados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), no início do ano.
Na comparação entre dezembro e novembro de 2017, o crescimento foi de 15,18%. Contudo, se comparado com dezembro de 2016, o resultado geral de transações de usados, no último mês do ano, apresentou retração de 3,02%.
Considerando apenas o segmento de automóveis e comerciais leves, as transações, no acumulado do ano, somaram 10.730.763 unidades, alta de 7,21% na comparação com 2016. Em dezembro, as transferências de automóveis e comerciais leves usados apresentaram crescimento de 15,97% na comparação com o mês anterior, somando 1.016.018 unidades, contra 876.111 em novembro. Em relação a dezembro de 2016, houve queda de 2,19% nas transações destes veículos.
Sendo assim, de acordo com o presidente da Fenabrave, Assumpção Júnior, o mercado de veículos usados se mostrou estável. “O ano de 2017 foi marcado pela baixa oferta de veículos seminovos e pelo grande número de operações de ‘troca com troco’. Para 2018, a expectativa é de continuidade do crescimento deste mercado, que vem se mostrando maduro nos últimos anos”, ressaltou.
Do total de automóveis e comerciais leves negociados, os usados (de 1 a 3 anos de fabricação) representaram 17,79% do total do volume de dezembro e 15,12% do acumulado do ano.
Alice-Maria encerra uma era na TV Globo
Sebastião Nery
O deputado mineiro José Maria Alkmin foi advogado de um crime bárbaro. No júri, conseguiu oito anos para o réu. Recorreu. Novo júri, 30 anos. O réu ficou desolado: – A culpa foi do senhor, dr. Alkmin. Eu pedi para não recorrer. Agora vou passar 30 anos na cadeia.
– Calma, meu filho, não é bem assim. Nada é como a gente pensa da primeira vez. Primeiro, não são 30, são 15. Se você se comportar bem, cumpre só 15. Depois, esses 15 anos são feitos de dias e noites. Quando a gente está dormindo tanto faz estar solto como preso. Então, não são 15 anos, são 7 e meio. E, por último, meu filho, você não vai cumprir esses 7 anos e meio de uma vez só. Vai ser dia a dia, dia a dia. Suavemente.
Eu o relembrei porque nesta semana, a TV Globo comunicou suavemente a saída de uma de suas principais profissionais. Tive a notícia lendo um texto como sempre primoroso do mestre cearense Wilson Ibiapina.
Após 48 anos dedicados ao telejornalismo, Alice-Maria decidiu deixar a emissora para se aposentar. Era diretora de desenvolvimento de programas especiais, desde julho de 2009.
Chegou à TV Globo em 1966, como estagiária, no primeiro ano de fundação da empresa. Comandou o jornalismo da Globo por duas décadas, a criação do Jornal Nacional e a implantação da GloboNews. Foi a primeira mulher a ocupar um cargo de direção na Central Globo de Jornalismo.
Alice, parece que foi ontem. Você, Humberto Vieira, Sílvio Júlio e Amaury Monteiro comandando a reportagem, todos fazendo a primeira edição do Jornal Nacional.
Oito horas da noite, Cid Moreira e Hilton Gomes. Alfredo Marsillac na mesa de corte. Um trecho da música The Fuzz, de Frank de Vol, invade os lares. Pela primeira vez, estava entrando no ar o Jornal Nacional. Primeiro de setembro de 1969, uma segunda-feira.
O Marsillac ainda deve ter guardado o script do primeiro JN, que o Armando deu-lhe de presente com o bilhete: “Marsillac… e o Boeing decolou”. O jornal entrando no ar, na cabeça do Armando Nogueira, era que nem um Boeing levantando vôo. Não podia ter erro.
Quando cheguei em 1970, o JN ainda uma criança e todos com a preocupação de mantê-lo com qualidade, num formato que aos poucos foi se definindo. O Telejornalismo brasileiro era outro depois daquele dia. E você foi peça preciosa nessa mudança.
Não esqueço de sua preocupação, orientando editores, repórteres, cinegrafistas. Em tudo tinha seu dedo. A equipe foi crescendo: Sebastião Nery, Castilho, Nilson Viana, Jéferson, Meg, Ronan, Luis Edgar de Andrade, Vera Ferreira, Lucia Abreu, Edinete os irmãos Aníbal e Edson Ribeiro e o baiano Jotair Assad.
Heron Domingues, Sérgio Chapelin, Celso Freitas, Berto Filho, Carlos Campbell, Marcos Hummel. Tereza Walcacer, Henrique Lago, Ricardo Pereira, Pedro Rogério, Antônio Severo, Woile Guimarães, Eurico Andrade, Wianey Pinheiro, Ronald de Carvalho, Toninho Drummond, Carlos Henrique de Almeida Santos, Eduardo Simbalista, Carlos Henrique Schroder, esse mesmo que hoje é o diretor geral da Rede Globo, todos grandes jornalistas que foram aprender com você a fazer televisão.
Citei alguns nomes, mas, na verdade, todos da Central Globo de Jornalismo aprenderam com você. Como a maioria, orgulho-me de ter participado de sua equipe durante 20 anos. Abraço forte do Wilson Ibiapina e da Edilma Neiva, seus alunos, admiradores e amigos.
Posted in Tribuna da Internet
O deputado mineiro José Maria Alkmin foi advogado de um crime bárbaro. No júri, conseguiu oito anos para o réu. Recorreu. Novo júri, 30 anos. O réu ficou desolado: – A culpa foi do senhor, dr. Alkmin. Eu pedi para não recorrer. Agora vou passar 30 anos na cadeia.
– Calma, meu filho, não é bem assim. Nada é como a gente pensa da primeira vez. Primeiro, não são 30, são 15. Se você se comportar bem, cumpre só 15. Depois, esses 15 anos são feitos de dias e noites. Quando a gente está dormindo tanto faz estar solto como preso. Então, não são 15 anos, são 7 e meio. E, por último, meu filho, você não vai cumprir esses 7 anos e meio de uma vez só. Vai ser dia a dia, dia a dia. Suavemente.
Eu o relembrei porque nesta semana, a TV Globo comunicou suavemente a saída de uma de suas principais profissionais. Tive a notícia lendo um texto como sempre primoroso do mestre cearense Wilson Ibiapina.
Após 48 anos dedicados ao telejornalismo, Alice-Maria decidiu deixar a emissora para se aposentar. Era diretora de desenvolvimento de programas especiais, desde julho de 2009.
Chegou à TV Globo em 1966, como estagiária, no primeiro ano de fundação da empresa. Comandou o jornalismo da Globo por duas décadas, a criação do Jornal Nacional e a implantação da GloboNews. Foi a primeira mulher a ocupar um cargo de direção na Central Globo de Jornalismo.
Alice, parece que foi ontem. Você, Humberto Vieira, Sílvio Júlio e Amaury Monteiro comandando a reportagem, todos fazendo a primeira edição do Jornal Nacional.
Oito horas da noite, Cid Moreira e Hilton Gomes. Alfredo Marsillac na mesa de corte. Um trecho da música The Fuzz, de Frank de Vol, invade os lares. Pela primeira vez, estava entrando no ar o Jornal Nacional. Primeiro de setembro de 1969, uma segunda-feira.
O Marsillac ainda deve ter guardado o script do primeiro JN, que o Armando deu-lhe de presente com o bilhete: “Marsillac… e o Boeing decolou”. O jornal entrando no ar, na cabeça do Armando Nogueira, era que nem um Boeing levantando vôo. Não podia ter erro.
Quando cheguei em 1970, o JN ainda uma criança e todos com a preocupação de mantê-lo com qualidade, num formato que aos poucos foi se definindo. O Telejornalismo brasileiro era outro depois daquele dia. E você foi peça preciosa nessa mudança.
Não esqueço de sua preocupação, orientando editores, repórteres, cinegrafistas. Em tudo tinha seu dedo. A equipe foi crescendo: Sebastião Nery, Castilho, Nilson Viana, Jéferson, Meg, Ronan, Luis Edgar de Andrade, Vera Ferreira, Lucia Abreu, Edinete os irmãos Aníbal e Edson Ribeiro e o baiano Jotair Assad.
Heron Domingues, Sérgio Chapelin, Celso Freitas, Berto Filho, Carlos Campbell, Marcos Hummel. Tereza Walcacer, Henrique Lago, Ricardo Pereira, Pedro Rogério, Antônio Severo, Woile Guimarães, Eurico Andrade, Wianey Pinheiro, Ronald de Carvalho, Toninho Drummond, Carlos Henrique de Almeida Santos, Eduardo Simbalista, Carlos Henrique Schroder, esse mesmo que hoje é o diretor geral da Rede Globo, todos grandes jornalistas que foram aprender com você a fazer televisão.
Citei alguns nomes, mas, na verdade, todos da Central Globo de Jornalismo aprenderam com você. Como a maioria, orgulho-me de ter participado de sua equipe durante 20 anos. Abraço forte do Wilson Ibiapina e da Edilma Neiva, seus alunos, admiradores e amigos.
Inflação foi de apenas 2,9%, mas juros dos bancos vão de 30 a 300%
Pedro do Coutto
A inflação anunciada pelo IBGE para 2017 foi de 2,9%, mas os juros cobrados pela rede bancária oscilam de 30 a 300%a/a. A taxa de 30% é a menor registrada e se refere aos créditos consignados em folha salarial. São basicamente de 2,4% ao mês, o que no montante, pois se trata de juros sobre juros, atingem 30%. O Banco Central determinou o recuo do crédito rotativo dos cartões. Mesmo assim eles estão na escala de 170% a/a, conforme revela reportagem de Geralda Doca, Ana Paula Ribeiro e Renan Setti, O Globo desta terça-feira. Mas existem também os juros que incidem sobre os cheques especiais. Quando os correntistas entram no vermelho, o que acontece com extrema frequência, os juros cobrados passam de 300% ao longo de 12 meses.
Como se vê, uma discrepância muito grande entre os índices que regem o reajuste de salários e as taxas cobradas pelos financiamentos.
CRÉDITO PESSOAL – O Globo acentua que o crédito pessoal, sistema no qual se inclui o consignado, estão em média na casa dos 40% a/a. Como se vê, na essência da questão, assumir dívidas é impraticável no Brasil, sob pena, o que acontece hoje, do aumento do grau de inadimplência. Os salários estão contidos numa escala que não ultrapassa a correção de 2,9 pontos. No caso do salário mínimo, o reajuste foi de 2%, portanto menor que a inflação. E 2% também foi o índice aplicado aos aposentados e pensionistas do INSS. O panorama financeiro no qual se enquadra a população brasileira, evidentemente é de concentração de renda cada vez maior.
Essa concentração de renda, com base em dados do Banco Central, ocorre de forma intensa. já que todas as operações de crédito verificadas no país, em 2017, atingiram nada menos que um montante de 3 trilhões e 86 bilhões de reais. Nessas operações de crédito inclui-se o que o governo paga de juros aos bancos pela rolagem da dívida interna do país. Entretanto, a Taxa Selic, que é aplicada ao caso, está em 7% a/a e incide sobre o endividamento superior a 4,7 trilhões de reais.
ESPIRAL DE DÍVIDAS – Pode-se até considerar que o Brasil vive mergulhado numa espiral de dívidas, se considerarmos que o orçamento federal para 2018 situa-se também na escala dos 3 trilhões. Assim, constata-se que a dívida interna do país é bem maior do que o orçamento atual da União.
Como sair de tal situação? É a pergunta que contém na prática um desafio para as novas gerações. Porque, ninguém se iluda, vencer o redemoinho das dívidas e dos juros é tarefa para um período que pode oscilar entre 10 a 20 anos.
Vai demorar, portanto. Embora os analistas do mercado financeiro não abordem a essência do problema. Teorias não faltam, porém escasseia a execução na prática de medidas efetivamente saneadoras. A questão não é somente o déficit da Previdência Social. É, sobretudo, o déficit acumulado pela incompetência em governar o Brasil.
Posted in P. Coutto
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A inflação anunciada pelo IBGE para 2017 foi de 2,9%, mas os juros cobrados pela rede bancária oscilam de 30 a 300%a/a. A taxa de 30% é a menor registrada e se refere aos créditos consignados em folha salarial. São basicamente de 2,4% ao mês, o que no montante, pois se trata de juros sobre juros, atingem 30%. O Banco Central determinou o recuo do crédito rotativo dos cartões. Mesmo assim eles estão na escala de 170% a/a, conforme revela reportagem de Geralda Doca, Ana Paula Ribeiro e Renan Setti, O Globo desta terça-feira. Mas existem também os juros que incidem sobre os cheques especiais. Quando os correntistas entram no vermelho, o que acontece com extrema frequência, os juros cobrados passam de 300% ao longo de 12 meses.
Como se vê, uma discrepância muito grande entre os índices que regem o reajuste de salários e as taxas cobradas pelos financiamentos.
CRÉDITO PESSOAL – O Globo acentua que o crédito pessoal, sistema no qual se inclui o consignado, estão em média na casa dos 40% a/a. Como se vê, na essência da questão, assumir dívidas é impraticável no Brasil, sob pena, o que acontece hoje, do aumento do grau de inadimplência. Os salários estão contidos numa escala que não ultrapassa a correção de 2,9 pontos. No caso do salário mínimo, o reajuste foi de 2%, portanto menor que a inflação. E 2% também foi o índice aplicado aos aposentados e pensionistas do INSS. O panorama financeiro no qual se enquadra a população brasileira, evidentemente é de concentração de renda cada vez maior.
Essa concentração de renda, com base em dados do Banco Central, ocorre de forma intensa. já que todas as operações de crédito verificadas no país, em 2017, atingiram nada menos que um montante de 3 trilhões e 86 bilhões de reais. Nessas operações de crédito inclui-se o que o governo paga de juros aos bancos pela rolagem da dívida interna do país. Entretanto, a Taxa Selic, que é aplicada ao caso, está em 7% a/a e incide sobre o endividamento superior a 4,7 trilhões de reais.
ESPIRAL DE DÍVIDAS – Pode-se até considerar que o Brasil vive mergulhado numa espiral de dívidas, se considerarmos que o orçamento federal para 2018 situa-se também na escala dos 3 trilhões. Assim, constata-se que a dívida interna do país é bem maior do que o orçamento atual da União.
Como sair de tal situação? É a pergunta que contém na prática um desafio para as novas gerações. Porque, ninguém se iluda, vencer o redemoinho das dívidas e dos juros é tarefa para um período que pode oscilar entre 10 a 20 anos.
Vai demorar, portanto. Embora os analistas do mercado financeiro não abordem a essência do problema. Teorias não faltam, porém escasseia a execução na prática de medidas efetivamente saneadoras. A questão não é somente o déficit da Previdência Social. É, sobretudo, o déficit acumulado pela incompetência em governar o Brasil.
Cármen Lúcia insinua que O Globo mentiu sobre a prisão após segunda instância
Carlos Newton
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, parece menosprezar bastante a opinião pública brasileira. Na noite de segunda-feira, em jantar promovido pelo site Poder360, Sua Excelência teve a desfaçatez de sugerir que a decisão de colocar em pauta a revisão da jurisprudência sobre prisão após segunda instância nada tem a ver com a situação do ex-presidente Lula da Silva, que corre risco de ser preso por já estar condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 12 anos e um mês, por corrupção e lavagem de dinheiro.
“Não sei por que um caso específico geraria uma pauta diferente. Seria apequenar muito o Supremo. Não conversei sobre isso com ninguém”, afirmou a presidente do STF, querendo sugerir que será mera coincidência se for colocada em pauta a segunda instância em votação, nada teria a ver com a possível prisão de Lula.
SEM PREVISÃO – O fato concreto é que a presidente do Supremo, segundo o jornal O Globo, teria decidido colocar em julgamento a ação que pode mudar a jurisprudência sobre a prisão de criminosos condenados após segunda instância.
O anúncio da próxima colocação em pauta da polêmica matéria foi feito pelo O Globo em pleno recesso do Supremo, poucos dias depois da condenação de Lula pelo TRF-4. Como se diz em linguagem policial, a turma nem esperou o corpo esfriar.
A reação da opinião pública, é claro, foi arrasadora, pois sabe-se que os ministros do Supremo, em maioria, já se mostram dispostos a somente permitir a prisão após condenação em terceira instância, ou seja, após confirmação pelo Superior Tribunal de Justiça.
ATÉ GEDDEL – Esta nova jurisprudência do Supremo significará a libertação de todos os réus da Lava Jato, incluindo Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima, além de criminosos comuns, como o ex-senador Luiz Estevão.
Diante da repercussão altamente negativa, Cármen Lúcia agora diz que não há previsão para um novo julgamento sobre o assunto, acrescentando que o tema nem foi conversado com outros ministros da Corte. Ou seja, a presidente do STF está discretamente acusando O Globo de publicar notícias falsas (fake news), embora Cármen Lúcia até tenha reconhecido que, se algum ministro quiser, pode provocar discussão sobre o tema e levá-lo à presidência do Supremo.
VISTA OU PARECER – Como se sabe, o plenário só retoma julgamentos em três hipóteses: quando o processo é devolvido pelo ministro que pediu vista; quando o relator anuncia ter concluído o parecer; ou quando algum ministro vai relatar processo semelhante e então pede reexame da jurisprudência.
No caso, o relator Marco Aurélio Mello terminou em 16 de dezembro o parecer sobre o processo da prisão após segunda instância e imediatamente comunicou à presidência do STF que o julgamento pode entrar em pauta.
Cabe agora à presidente Cármen Lúcia agendá-lo ou não. Em meio à polêmica pode-se dizer, com certeza, que a ministra não afirmou a O Globo que ia colocar a questão em plenário. Tanto assim que o jornal publicou que ela “deve” colocar a questão em pauta após o recesso. Mas a repórter Carolina Brígido, que faz a cobertura do Supremo em O Globo, insiste e confirma que há uma semana a ministra Cármen Lúcia cogitava colocar a matéria em pauta.
Posted in C. Newton
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, parece menosprezar bastante a opinião pública brasileira. Na noite de segunda-feira, em jantar promovido pelo site Poder360, Sua Excelência teve a desfaçatez de sugerir que a decisão de colocar em pauta a revisão da jurisprudência sobre prisão após segunda instância nada tem a ver com a situação do ex-presidente Lula da Silva, que corre risco de ser preso por já estar condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 12 anos e um mês, por corrupção e lavagem de dinheiro.
“Não sei por que um caso específico geraria uma pauta diferente. Seria apequenar muito o Supremo. Não conversei sobre isso com ninguém”, afirmou a presidente do STF, querendo sugerir que será mera coincidência se for colocada em pauta a segunda instância em votação, nada teria a ver com a possível prisão de Lula.
SEM PREVISÃO – O fato concreto é que a presidente do Supremo, segundo o jornal O Globo, teria decidido colocar em julgamento a ação que pode mudar a jurisprudência sobre a prisão de criminosos condenados após segunda instância.
O anúncio da próxima colocação em pauta da polêmica matéria foi feito pelo O Globo em pleno recesso do Supremo, poucos dias depois da condenação de Lula pelo TRF-4. Como se diz em linguagem policial, a turma nem esperou o corpo esfriar.
A reação da opinião pública, é claro, foi arrasadora, pois sabe-se que os ministros do Supremo, em maioria, já se mostram dispostos a somente permitir a prisão após condenação em terceira instância, ou seja, após confirmação pelo Superior Tribunal de Justiça.
ATÉ GEDDEL – Esta nova jurisprudência do Supremo significará a libertação de todos os réus da Lava Jato, incluindo Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima, além de criminosos comuns, como o ex-senador Luiz Estevão.
Diante da repercussão altamente negativa, Cármen Lúcia agora diz que não há previsão para um novo julgamento sobre o assunto, acrescentando que o tema nem foi conversado com outros ministros da Corte. Ou seja, a presidente do STF está discretamente acusando O Globo de publicar notícias falsas (fake news), embora Cármen Lúcia até tenha reconhecido que, se algum ministro quiser, pode provocar discussão sobre o tema e levá-lo à presidência do Supremo.
VISTA OU PARECER – Como se sabe, o plenário só retoma julgamentos em três hipóteses: quando o processo é devolvido pelo ministro que pediu vista; quando o relator anuncia ter concluído o parecer; ou quando algum ministro vai relatar processo semelhante e então pede reexame da jurisprudência.
No caso, o relator Marco Aurélio Mello terminou em 16 de dezembro o parecer sobre o processo da prisão após segunda instância e imediatamente comunicou à presidência do STF que o julgamento pode entrar em pauta.
Cabe agora à presidente Cármen Lúcia agendá-lo ou não. Em meio à polêmica pode-se dizer, com certeza, que a ministra não afirmou a O Globo que ia colocar a questão em plenário. Tanto assim que o jornal publicou que ela “deve” colocar a questão em pauta após o recesso. Mas a repórter Carolina Brígido, que faz a cobertura do Supremo em O Globo, insiste e confirma que há uma semana a ministra Cármen Lúcia cogitava colocar a matéria em pauta.
Sem Lula na disputa, Marina e Ciro serão beneficiados, segundo o Datafolha
Bruno Boghossian
Folha
Em uma possível corrida presidencial sem Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quatro candidatos disputariam uma vaga no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSC), de acordo com a primeira pesquisa do Datafolha após a condenação do petista em segunda instância. Levantamento realizado na segunda (29) e na terça (30) mostra que o ex-presidente manteve vantagem sobre os rivais, com até 37% das intenções de voto. Seu eleitorado, porém, se pulveriza e a briga tende a se tornar acirrada caso ele seja barrado com base na Lei da Ficha Limpa.
Bolsonaro aparece em primeiro lugar no principal cenário sem Lula, com 18%. Ele supera Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Luciano Huck (sem partido). Marina lidera o segundo pelotão, com 13%. Ciro (10%), Alckmin (8%) e Huck (8%) estão tecnicamente empatados.
BOLSONARO PAROU – Apesar de liderar a corrida sem Lula, Bolsonaro parou de crescer. Ele oscilou negativamente em todos os quadros apresentados na pesquisa, em comparação com o levantamento de novembro.
No início de janeiro, reportagens da Folha revelaram que o patrimônio de Bolsonaro e de sua família se multiplicou depois que ele entrou na política, e que o deputado recebe auxílio-moradia da Câmara apesar de ser dono de apartamento em Brasília.
As intenções de voto do deputado também ficaram estáveis nas simulações de segundo turno. Ele seria derrotado tanto pelo ex-presidente Lula (49% a 32%) quanto pela ex-senadora Marina Silva (42% a 32%).
A FORÇA DE LULA – A pesquisa indica ainda que o ex-presidente Lula conserva força eleitoral mesmo condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).
O petista lidera o primeiro turno em todos os cenários em que seu nome é colocado, com percentuais que variam de 34% a 37%. No segundo turno, venceria Alckmin (49% a 30%) e Marina (47% a 32%), além de Bolsonaro.
A condenação de Lula pode torná-lo inelegível, mas sua participação na campanha depende de uma decisão do TSE que só deve ocorrer em setembro. Até lá, ele pode se apresentar como pré-candidato e recorrer a tribunais superiores para garantir seu nome na disputa. A saída de Lula impulsionaria principalmente Marina e Ciro Gomes. Na comparação de cenários com e sem a participação do ex-presidente, Marina passa de 8% para 13%, enquanto Ciro cresce de 6% para 10%.
PATINANDO – Outros candidatos também crescem quando Lula está fora do páreo, mas de forma mais tímida: tanto Geraldo Alckmin quanto Luciano Huck sobem de 6% para 8%. Huck reestreou na pesquisa empatado com Alckmin em todos os cenários.
Favorito para se candidatar à Presidência pelo PSDB, Alckmin patina em todos os cenários do Datafolha. O tucano tem de 6% a 11% das intenções de voto.
No segundo turno, o tucano seria derrotado por Lula e aparece tecnicamente empatado em uma disputa com Ciro Gomes. Nesta segunda simulação, quase um terço dos eleitores diz que votaria em branco ou nulo.
QUESTIONAMENTOS – A dificuldade enfrentada por Alckmin para subir nas pesquisas provocou questionamentos dentro de seu próprio partido sobre a viabilidade de sua candidatura.
Potencial alternativa ao governador no PSDB, o prefeito paulistano João Doria também não decolou: aparece com, no máximo, 5% das intenções de voto.
No cenário sem Lula, um dos possíveis candidatos do PT, o ex-governador baiano Jaques Wagner, aparece com 2%. O percentual de eleitores que diz não saber em quem votar ou que votaria em branco ou nulo sobe de 16% para 28% quando o ex-presidente não é um dos candidatos.
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Folha
Em uma possível corrida presidencial sem Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quatro candidatos disputariam uma vaga no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSC), de acordo com a primeira pesquisa do Datafolha após a condenação do petista em segunda instância. Levantamento realizado na segunda (29) e na terça (30) mostra que o ex-presidente manteve vantagem sobre os rivais, com até 37% das intenções de voto. Seu eleitorado, porém, se pulveriza e a briga tende a se tornar acirrada caso ele seja barrado com base na Lei da Ficha Limpa.
Bolsonaro aparece em primeiro lugar no principal cenário sem Lula, com 18%. Ele supera Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Luciano Huck (sem partido). Marina lidera o segundo pelotão, com 13%. Ciro (10%), Alckmin (8%) e Huck (8%) estão tecnicamente empatados.
BOLSONARO PAROU – Apesar de liderar a corrida sem Lula, Bolsonaro parou de crescer. Ele oscilou negativamente em todos os quadros apresentados na pesquisa, em comparação com o levantamento de novembro.
No início de janeiro, reportagens da Folha revelaram que o patrimônio de Bolsonaro e de sua família se multiplicou depois que ele entrou na política, e que o deputado recebe auxílio-moradia da Câmara apesar de ser dono de apartamento em Brasília.
As intenções de voto do deputado também ficaram estáveis nas simulações de segundo turno. Ele seria derrotado tanto pelo ex-presidente Lula (49% a 32%) quanto pela ex-senadora Marina Silva (42% a 32%).
A FORÇA DE LULA – A pesquisa indica ainda que o ex-presidente Lula conserva força eleitoral mesmo condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).
O petista lidera o primeiro turno em todos os cenários em que seu nome é colocado, com percentuais que variam de 34% a 37%. No segundo turno, venceria Alckmin (49% a 30%) e Marina (47% a 32%), além de Bolsonaro.
A condenação de Lula pode torná-lo inelegível, mas sua participação na campanha depende de uma decisão do TSE que só deve ocorrer em setembro. Até lá, ele pode se apresentar como pré-candidato e recorrer a tribunais superiores para garantir seu nome na disputa. A saída de Lula impulsionaria principalmente Marina e Ciro Gomes. Na comparação de cenários com e sem a participação do ex-presidente, Marina passa de 8% para 13%, enquanto Ciro cresce de 6% para 10%.
PATINANDO – Outros candidatos também crescem quando Lula está fora do páreo, mas de forma mais tímida: tanto Geraldo Alckmin quanto Luciano Huck sobem de 6% para 8%. Huck reestreou na pesquisa empatado com Alckmin em todos os cenários.
Favorito para se candidatar à Presidência pelo PSDB, Alckmin patina em todos os cenários do Datafolha. O tucano tem de 6% a 11% das intenções de voto.
No segundo turno, o tucano seria derrotado por Lula e aparece tecnicamente empatado em uma disputa com Ciro Gomes. Nesta segunda simulação, quase um terço dos eleitores diz que votaria em branco ou nulo.
QUESTIONAMENTOS – A dificuldade enfrentada por Alckmin para subir nas pesquisas provocou questionamentos dentro de seu próprio partido sobre a viabilidade de sua candidatura.
Potencial alternativa ao governador no PSDB, o prefeito paulistano João Doria também não decolou: aparece com, no máximo, 5% das intenções de voto.
No cenário sem Lula, um dos possíveis candidatos do PT, o ex-governador baiano Jaques Wagner, aparece com 2%. O percentual de eleitores que diz não saber em quem votar ou que votaria em branco ou nulo sobe de 16% para 28% quando o ex-presidente não é um dos candidatos.
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Constrangimento e críticas de aliados não impedem nomeação de Cristiane Brasil
Bernardo Bittar e
Paulo de Tarso Lyra
Correio Braziliense
O nível de resiliência da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) só cresce, mesmo após o vídeo gravado em uma lancha na qual aparece ao lado de quatro homens sem camisa. Ela foi criticada pelo próprio pai, Roberto Jefferson, nas redes sociais. “Uma figura pública deve ter postura de figura pública. Redes sociais são para artistas, não para políticos”, disse o petebista.
Provocou ainda constrangimentos entre alguns aliados do Planalto, incomodados com o protecionismo em torno da filha do presidente do PTB. E ela perdeu seis dos sete recursos apresentados ao Judiciário para conseguir ser empossada. Mesmo com tudo isso, o Planalto e Jefferson não têm medo de errar: “Ela será ministra na semana que vem, as coisas estão perto de se resolver”, disse o delator do mensalão.
“NÃO ESTAVA ROUBANDO” – Em entrevista no Planalto, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, fez comentários ácidos aos críticos da gravação. A posse de Cristiane foi suspensa pelo Supremo após denúncias de dívidas trabalhistas. Marun chamou os jornalistas de “talibãs” e afirmou que o mais importante não está sendo discutido. “Fazer um comentário de um vídeo de uma pessoa que aparece na praia dizendo algumas coisas. Não estava roubando. Será que todas as pessoas que andam de lancha no litoral do Rio de Janeiro são amorais ou imorais? É esse o pensamento? Você nunca andou de lancha? Nunca?”, questionou.
“Muita gente bate bumbo pela liberdade, mas na verdade são uns talibãs (sic) enrustidos. Queriam que ela estivesse de burca, eu acho, lá na praia. Na praia, a gente anda assim. Eu não sei vocês. Vocês vão de quê? De quimono? De Burca? Eu devo confessar a vocês que, quando vou à praia, vou de calção de banho”, disse o ministro, fazendo ironia ao afirmar que os jornalistas, hoje em dia, “são baluartes da moral e dos costumes e da roupagem adequada”.
RECURSO NO SUPREMO – Um recurso foi impetrado no STF pela defesa da deputada Cristiane Brasil para continuar na luta para assumir o Ministério do Trabalho. Jefferson afirmou que “o recurso já foi entregue e está tudo pronto”. “Falta julgar. Esse processo seria relatado pelo Gilmar Mendes, mas a presidente avocou para si. Aguardamos o fim do recesso. Até 5 de fevereiro, acredito que esse assunto estará resolvido”, acredita.
Em um jantar com jornalistas, no entanto, Cármen Lúcia disse que “o tempo do Judiciário não é igual ao da política nem ao da imprensa”. Já foram proferidas seis decisões contra a posse da deputada como ministra de Temer.
Aliados do governo não esconderam o desconforto com as imagens da parlamentar na lancha. Mas ninguém quer comprar a briga contra o PTB pelo simples fato de o presidente Michel Temer ter deixado claro que, na reforma ministerial que será feita após a saída dos auxiliares que vão concorrer em outubro, os nomes serão trocados, mas as legendas continuarão com o espaço que têm hoje. “Todo mundo tem medo de, quando chegar a hora da própria indicação, as demais legendas cresçam o olho e queiram ‘roubar’a vaga”, diz um aliado de Temer.
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Paulo de Tarso Lyra
Correio Braziliense
O nível de resiliência da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) só cresce, mesmo após o vídeo gravado em uma lancha na qual aparece ao lado de quatro homens sem camisa. Ela foi criticada pelo próprio pai, Roberto Jefferson, nas redes sociais. “Uma figura pública deve ter postura de figura pública. Redes sociais são para artistas, não para políticos”, disse o petebista.
Provocou ainda constrangimentos entre alguns aliados do Planalto, incomodados com o protecionismo em torno da filha do presidente do PTB. E ela perdeu seis dos sete recursos apresentados ao Judiciário para conseguir ser empossada. Mesmo com tudo isso, o Planalto e Jefferson não têm medo de errar: “Ela será ministra na semana que vem, as coisas estão perto de se resolver”, disse o delator do mensalão.
“NÃO ESTAVA ROUBANDO” – Em entrevista no Planalto, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, fez comentários ácidos aos críticos da gravação. A posse de Cristiane foi suspensa pelo Supremo após denúncias de dívidas trabalhistas. Marun chamou os jornalistas de “talibãs” e afirmou que o mais importante não está sendo discutido. “Fazer um comentário de um vídeo de uma pessoa que aparece na praia dizendo algumas coisas. Não estava roubando. Será que todas as pessoas que andam de lancha no litoral do Rio de Janeiro são amorais ou imorais? É esse o pensamento? Você nunca andou de lancha? Nunca?”, questionou.
“Muita gente bate bumbo pela liberdade, mas na verdade são uns talibãs (sic) enrustidos. Queriam que ela estivesse de burca, eu acho, lá na praia. Na praia, a gente anda assim. Eu não sei vocês. Vocês vão de quê? De quimono? De Burca? Eu devo confessar a vocês que, quando vou à praia, vou de calção de banho”, disse o ministro, fazendo ironia ao afirmar que os jornalistas, hoje em dia, “são baluartes da moral e dos costumes e da roupagem adequada”.
RECURSO NO SUPREMO – Um recurso foi impetrado no STF pela defesa da deputada Cristiane Brasil para continuar na luta para assumir o Ministério do Trabalho. Jefferson afirmou que “o recurso já foi entregue e está tudo pronto”. “Falta julgar. Esse processo seria relatado pelo Gilmar Mendes, mas a presidente avocou para si. Aguardamos o fim do recesso. Até 5 de fevereiro, acredito que esse assunto estará resolvido”, acredita.
Em um jantar com jornalistas, no entanto, Cármen Lúcia disse que “o tempo do Judiciário não é igual ao da política nem ao da imprensa”. Já foram proferidas seis decisões contra a posse da deputada como ministra de Temer.
Aliados do governo não esconderam o desconforto com as imagens da parlamentar na lancha. Mas ninguém quer comprar a briga contra o PTB pelo simples fato de o presidente Michel Temer ter deixado claro que, na reforma ministerial que será feita após a saída dos auxiliares que vão concorrer em outubro, os nomes serão trocados, mas as legendas continuarão com o espaço que têm hoje. “Todo mundo tem medo de, quando chegar a hora da própria indicação, as demais legendas cresçam o olho e queiram ‘roubar’a vaga”, diz um aliado de Temer.
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“Queridos Companheiros” de Lula integram a nata da corrupção na África
José Casado
O Globo
Horas depois de ser condenado a mais de 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, estava pronto para atravessar o Atlântico e participar de uma reunião sobre… a luta contra a corrupção.
A viagem de dez mil quilômetros à Etiópia (14 horas em voo direto) foi abortada pela Justiça na sexta-feira. “Vejam que absurdo” — contou em vídeo na página do PT. “Eu estava com a mala pronta, quando recebi um recado em casa: um juiz bloqueou o meu passaporte.”
Protestou: “Nós vivemos um momento de ditadura de uma parcela do Poder Judiciário, sobretudo o Poder Judiciário que cuida de uma coisa chamada Operação Lava-Jato, que vocês já devem ter ouvido falar aí na África.”
SÓ DITADURAS – Lula iria à cúpula da União Africana em Adis Abeba, capital de um país onde o “estado de emergência” é decreto recorrente, e a opinião pública não pode ser expressa nem em particular.
Queixou-se por não poder estar com “o querido companheiro” Hailemariam Desalegn, primeiro-ministro etíope, cuja polícia matou mil opositores nos últimos 16 meses e recolheu outros 21 mil a “campos de reabilitação” — informa a Human Rights Watch em relatório deste mês.
Organismo comunitário, a União Africana foi erguida nos anos 90 pelo falecido ditador líbio Muammar Kadafi, na época isolado porque patrocinava atentados como o da bomba num avião da Pan Am, que espalhou 270 cadáveres sobre uma vila da Escócia. Kadafi apoiou Lula na campanha de 2002, segundo o ex-ministro Antonio Palocci, preso em Curitiba. Eleito, Lula foi a Trípoli. A visita a Kadafi para “negócios” , como definiu, está contada em livro dos repórteres Leonêncio Nossa e Eduardo Scolese.
GRAZIANO NA PARADA – A viagem do ex-presidente à Etiópia foi organizada pelo “companheiro e querido irmão” José Graziano, a quem elegeu diretor da FAO, braço da ONU para a agricultura. Graziano foi ministro do Fome Zero. Bom projeto, o Fome Zero logo virou peça de marketing político no exterior em 2003. Morreu de inanição governamental, estimulada pela má vontade do PT, então focado nos “negócios” do caso Mensalão.
Graziano inscreveu o antigo chefe num debate sobre fome com o “querido Obasanjo”, evento da cúpula africana sobre a luta contra a corrupção. Presidente da Nigéria (1999 a 2007), Olusegun Obasanjo recentemente foi declarado “avô da corrupção” pela Câmara de seu país, que constatou o sumiço de parte dos investimentos (US$ 16 bilhões) em projetos de energia.
CLEPTOCRATAS – Outros “companheiros” que Lula pretendia encontrar para “um abraço fraternal” eram Denis Nguesso (do Congo), Teodoro Obiang (da Guiné Equatorial), e Ali Bongo (do Gabão). O trio lidera dinastias cleptocratas que sustentam longevas ditaduras na África.
Os Nguesso colecionam 66 imóveis de luxo na França, segundo o Tribunal de Paris. Os Obiang escondiam uma conta bancária em Washington cujo saldo era quatro vezes e meia superior ao valor do patrimônio imobiliário da rainha Elizabeth II, da Inglaterra. Os Bongo foram apanhados em transferências diretas de US$ 130 milhões do Tesouro do Gabão para suas contas privadas no Citibank, em Nova York.
Sem passaporte, Lula não pôde reencontrar os velhos amigos, no fim de semana em Adis Abeba, para explicar-lhes a sentença a 12 anos de prisão e porque ainda é réu em outros seis processos por corrupção.
Posted in Tribuna da Internet
O Globo
Horas depois de ser condenado a mais de 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, estava pronto para atravessar o Atlântico e participar de uma reunião sobre… a luta contra a corrupção.
A viagem de dez mil quilômetros à Etiópia (14 horas em voo direto) foi abortada pela Justiça na sexta-feira. “Vejam que absurdo” — contou em vídeo na página do PT. “Eu estava com a mala pronta, quando recebi um recado em casa: um juiz bloqueou o meu passaporte.”
Protestou: “Nós vivemos um momento de ditadura de uma parcela do Poder Judiciário, sobretudo o Poder Judiciário que cuida de uma coisa chamada Operação Lava-Jato, que vocês já devem ter ouvido falar aí na África.”
SÓ DITADURAS – Lula iria à cúpula da União Africana em Adis Abeba, capital de um país onde o “estado de emergência” é decreto recorrente, e a opinião pública não pode ser expressa nem em particular.
Queixou-se por não poder estar com “o querido companheiro” Hailemariam Desalegn, primeiro-ministro etíope, cuja polícia matou mil opositores nos últimos 16 meses e recolheu outros 21 mil a “campos de reabilitação” — informa a Human Rights Watch em relatório deste mês.
Organismo comunitário, a União Africana foi erguida nos anos 90 pelo falecido ditador líbio Muammar Kadafi, na época isolado porque patrocinava atentados como o da bomba num avião da Pan Am, que espalhou 270 cadáveres sobre uma vila da Escócia. Kadafi apoiou Lula na campanha de 2002, segundo o ex-ministro Antonio Palocci, preso em Curitiba. Eleito, Lula foi a Trípoli. A visita a Kadafi para “negócios” , como definiu, está contada em livro dos repórteres Leonêncio Nossa e Eduardo Scolese.
GRAZIANO NA PARADA – A viagem do ex-presidente à Etiópia foi organizada pelo “companheiro e querido irmão” José Graziano, a quem elegeu diretor da FAO, braço da ONU para a agricultura. Graziano foi ministro do Fome Zero. Bom projeto, o Fome Zero logo virou peça de marketing político no exterior em 2003. Morreu de inanição governamental, estimulada pela má vontade do PT, então focado nos “negócios” do caso Mensalão.
Graziano inscreveu o antigo chefe num debate sobre fome com o “querido Obasanjo”, evento da cúpula africana sobre a luta contra a corrupção. Presidente da Nigéria (1999 a 2007), Olusegun Obasanjo recentemente foi declarado “avô da corrupção” pela Câmara de seu país, que constatou o sumiço de parte dos investimentos (US$ 16 bilhões) em projetos de energia.
CLEPTOCRATAS – Outros “companheiros” que Lula pretendia encontrar para “um abraço fraternal” eram Denis Nguesso (do Congo), Teodoro Obiang (da Guiné Equatorial), e Ali Bongo (do Gabão). O trio lidera dinastias cleptocratas que sustentam longevas ditaduras na África.
Os Nguesso colecionam 66 imóveis de luxo na França, segundo o Tribunal de Paris. Os Obiang escondiam uma conta bancária em Washington cujo saldo era quatro vezes e meia superior ao valor do patrimônio imobiliário da rainha Elizabeth II, da Inglaterra. Os Bongo foram apanhados em transferências diretas de US$ 130 milhões do Tesouro do Gabão para suas contas privadas no Citibank, em Nova York.
Sem passaporte, Lula não pôde reencontrar os velhos amigos, no fim de semana em Adis Abeba, para explicar-lhes a sentença a 12 anos de prisão e porque ainda é réu em outros seis processos por corrupção.
PF pede quebra de sigilos de Temer no caso da corrupção no setor portuário
Posted by Tribuna da Internet
Bela Megale e
Aguirre Talento
O Globo
Relatório da Polícia Federal afirma ser “necessária” a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do presidente Michel Temer e de outros investigados “para uma completa elucidação” das suspeitas de que o peemedebista favoreceu empresas do setor portuário. Sem citar nominalmente Temer, analistas da PF recomendaram ao delegado Cleyber Lopes, que conduz o inquérito contra o presidente, obter histórico de chamadas telefônicas e informações fiscais e bancárias “de pessoas jurídicas e físicas mencionadas nos inquéritos” — o que inclui Temer.
PORTO DE SANTOS – No documento, de 15 de dezembro e obtido pelo O Globo, a PF cita a necessidade de analisar provas de uma investigação antiga contra Temer sob suspeita de corrupção no Porto de Santos. Os investigadores consideram que os documentos desse caso podem ser relevantes para o inquérito aberto ano passado, que tem o peemedebista entre os alvos. Assim como na investigação anterior, há a suspeita de que Temer tenha recebido propina para beneficiar empresas portuárias.
O delegado Cleyber Lopes já solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento desse inquérito antigo, já que as suspeitas que recaem sobre o presidente são semelhantes à investigação que está em andamento. A hipótese sob apuração é de que Temer teria favorecido a Rodrimar, localizada em Santos (SP), e outras companhias do setor portuário, por meio da publicação de um decreto de 2017 que aumentou o prazo dos contratos de concessão de áreas portuárias, beneficiando as atuais concessionárias.
O inquérito foi aberto após interceptações telefônicas flagrarem conversas entre um diretor da Rodrimar, Ricardo Mesquita, e o ex-deputado e ex-assessor presidencial Rodrigo da Rocha Loures (PMDB) sobre o decreto. A recomendação dos analistas da PF também atinge os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Eles aparecem como investigados em outro inquérito citado no relatório — um desdobramento da delação da J&F.
SEGREDO DE JUSTIÇA -Procurada, a PF disse que não pode informar se o delegado aceitou a sugestão e encaminhou o pedido de quebra de sigilos ao STF. O processo está em segredo de Justiça. Para embasar a recomendação das quebras de sigilo, os analistas citam fatos que precisam “de aprofundamento”, como transações imobiliárias do coronel João Baptista Lima com offshores ligadas a envolvidos em fraudes e inconsistências nos depoimentos de Loures e Mesquita. Lima é acusado de ter recebido propina em nome de Temer.
O relatório também afirma que “não foi possível exaurir todos os CNPJ’s e CPF’s que efetuaram doações, que poderiam ser uma forma de propina a partidos e candidatos”. A PF destaca que, apesar de representantes de empresas portuárias afirmarem que não podiam doar por serem concessionárias de serviços públicos, foram encontrados registros de repasses indiretos de companhias do setor a políticos.
A análise da PF ainda trouxe novas informações sobre a relação entre os personagens investigados. Na agenda do celular do coronel Lima há o telefone de José Yunes, ex-assessor e amigo de Temer. Também há a suspeita de que Lima mantinha relação com Loures. Esse inquérito é o único em andamento contra Temer.
VERSÕES – O presidente já foi alvo de duas denúncias da Procuradoria-Geral da República, mas ambas foram barradas na Câmara. Procurado, o Palácio do Planalto não respondeu à reportagem. À PF, Temer afirmou que não acompanhou a tramitação do decreto do setor portuário e que não foi procurado por empresários para falar do assunto. Disse ainda que jamais recebeu oferta de propina e que nunca recebeu doações da Rodrimar. A defesa de Eliseu Padilha disse que não irá comentar, pois não teve acesso ao relatório. O ministro Moreira Franco também não quis se pronunciar.
Posted in Tribuna da Internet
Aguirre Talento
O Globo
Relatório da Polícia Federal afirma ser “necessária” a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do presidente Michel Temer e de outros investigados “para uma completa elucidação” das suspeitas de que o peemedebista favoreceu empresas do setor portuário. Sem citar nominalmente Temer, analistas da PF recomendaram ao delegado Cleyber Lopes, que conduz o inquérito contra o presidente, obter histórico de chamadas telefônicas e informações fiscais e bancárias “de pessoas jurídicas e físicas mencionadas nos inquéritos” — o que inclui Temer.
PORTO DE SANTOS – No documento, de 15 de dezembro e obtido pelo O Globo, a PF cita a necessidade de analisar provas de uma investigação antiga contra Temer sob suspeita de corrupção no Porto de Santos. Os investigadores consideram que os documentos desse caso podem ser relevantes para o inquérito aberto ano passado, que tem o peemedebista entre os alvos. Assim como na investigação anterior, há a suspeita de que Temer tenha recebido propina para beneficiar empresas portuárias.
O delegado Cleyber Lopes já solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento desse inquérito antigo, já que as suspeitas que recaem sobre o presidente são semelhantes à investigação que está em andamento. A hipótese sob apuração é de que Temer teria favorecido a Rodrimar, localizada em Santos (SP), e outras companhias do setor portuário, por meio da publicação de um decreto de 2017 que aumentou o prazo dos contratos de concessão de áreas portuárias, beneficiando as atuais concessionárias.
O inquérito foi aberto após interceptações telefônicas flagrarem conversas entre um diretor da Rodrimar, Ricardo Mesquita, e o ex-deputado e ex-assessor presidencial Rodrigo da Rocha Loures (PMDB) sobre o decreto. A recomendação dos analistas da PF também atinge os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Eles aparecem como investigados em outro inquérito citado no relatório — um desdobramento da delação da J&F.
SEGREDO DE JUSTIÇA -Procurada, a PF disse que não pode informar se o delegado aceitou a sugestão e encaminhou o pedido de quebra de sigilos ao STF. O processo está em segredo de Justiça. Para embasar a recomendação das quebras de sigilo, os analistas citam fatos que precisam “de aprofundamento”, como transações imobiliárias do coronel João Baptista Lima com offshores ligadas a envolvidos em fraudes e inconsistências nos depoimentos de Loures e Mesquita. Lima é acusado de ter recebido propina em nome de Temer.
O relatório também afirma que “não foi possível exaurir todos os CNPJ’s e CPF’s que efetuaram doações, que poderiam ser uma forma de propina a partidos e candidatos”. A PF destaca que, apesar de representantes de empresas portuárias afirmarem que não podiam doar por serem concessionárias de serviços públicos, foram encontrados registros de repasses indiretos de companhias do setor a políticos.
A análise da PF ainda trouxe novas informações sobre a relação entre os personagens investigados. Na agenda do celular do coronel Lima há o telefone de José Yunes, ex-assessor e amigo de Temer. Também há a suspeita de que Lima mantinha relação com Loures. Esse inquérito é o único em andamento contra Temer.
VERSÕES – O presidente já foi alvo de duas denúncias da Procuradoria-Geral da República, mas ambas foram barradas na Câmara. Procurado, o Palácio do Planalto não respondeu à reportagem. À PF, Temer afirmou que não acompanhou a tramitação do decreto do setor portuário e que não foi procurado por empresários para falar do assunto. Disse ainda que jamais recebeu oferta de propina e que nunca recebeu doações da Rodrimar. A defesa de Eliseu Padilha disse que não irá comentar, pois não teve acesso ao relatório. O ministro Moreira Franco também não quis se pronunciar.
De olho no Planalto, Collor estreia na pesquisa Datafolha com rejeição alta
De acordo com os números levantados, 44% dos eleitores dizem que não votariam "de jeito nenhum" no ex-presidente
BAHIA.BAO ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTC-AL) estreou na pesquisa para eleição presidencial em 2018 como um dos líderes em rejeição.
De acordo com os números levantados pelo Datafolha, 44% dos eleitores dizem que não votariam em Collor “de jeito nenhum” – taxa semelhante à de Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou com 40%.
Ainda segundo a pesquisa, a rejeição a Collor só é menor do que a de Michel Temer. Quando o presidente é apresentado como candidato, 60% dos eleitores dizem que não votariam nele.
O alagoano é filiado a um partido nanico e se lançou ao Palácio do Planalto há duas semanas.
Após crítica sobre carnaval, Bruno diz que Rui é ‘ator coadjuvante’
Governador da Bahia voltou a condenar, nesta terça-feira (30), a exclusividade na venda de cerveja na folia soteropolitana
Rodrigo Daniel Silva / João Brandão/ BAHIA.BA
Depois de o governador Rui Costa (PT) voltar a criticar a exclusividade na venda da cerveja no carnaval, o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (MDB), disse, na manhã desta quarta-feira (31), que o petista é um “ator coadjuvante” na folia soteropolitana.
“O governador Rui Costa sempre participa do carnaval como ator coadjuvante. Aí, na ânsia de aparecer, chega à véspera do carnaval e fica querendo criar factoides políticos. Ele não tem moral nenhuma para falar de exclusividade, até porque na Arena Fonte Nova, ele obriga todo mundo a beber Itaipava, assim como na Ceasinha do Rio Vermelho”, disse o emedebista, em entrevista ao bahia.ba, no evento da Jornada Pedagógica de 2018.
Bruno Reis afirmou também que o dinheiro da cervejaria evita que se gaste recursos públicos na festa momesca.
Neto em Brasília – Sobre a informação divulgada nesta quarta pela coluna “Satélite”, do jornal Correio, de que o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), viajou a Brasilia para discutir as eleições deste ano, Bruno Reis disse que o democrata embarcou para a capital do país com o objetivo “prioritário” de cumprir uma “agenda administrativa”.
O vice-prefeito falou, ainda, sobre a pesquisa da Datafolha a qual mostra que o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner (PT), tem apenas 2% das intenções de votos na corrida presidencial.
“Pesquisa reflete o momento. Não dá para se comentar a pesquisa a nove meses da eleição. O que importante é que a oposição está fazendo seu trabalho. Terá um candidato. O ciclo do PT se encerrou. [A pesquisa] confirma que o PT não tem plano B. Fatalmente, o PT não terá uma participação efetiva na eleição”, ressaltou.
Temer é rejeitado por 70% dos brasileiros
Presidente tem avaliação pior entre as mulheres (75%) e entre os trabalhadores que ganham menos de dois salários mínimos (73%); no Nordeste, 80% dos eleitores o consideraram ruim ou péssimo
Romulo Faro/ BAHIA.BA
O governo de Michel Temer é ruim ou péssimo para 70% da população brasileira, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (31). O levantamento mostra que a reprovação ao emedebista se manteve estável nos últimos dois meses, oscilando apenas em 1% em comparação com o registrado no fim de novembro.
Em todo o país, apenas 6% dos entrevistados consideram seu governo bom ou ótimo —em novembro, eram 5%—, e 22% o classificam como regular.
Com um ano e oito meses de governo, Temer tem avaliação pior entre as mulheres (75%) e entre os trabalhadores que ganham menos de dois salários mínimos (73%). No Nordeste, 80% dos entrevistados consideraram seu governo ruim ou péssimo.
Nem mesmo a queda da inflação e o freio da taxa de desemprego deram o impulso que Temer precisava para sair dos mais de dois terços de desaprovação.