Novas vítimas de um suposto esquema de pirâmide financeira que pode ter lucrado cerca de R$ 200 milhões e que teve início na cidade de Itabuna,
procuraram a Polícia Civil do município, nesta segunda-feira (14), para
relatar as experiências que tiveram. Pessoas suspeitas de envolvimento
no golpe, que ocorria por meio sites de apostas esportivas, tiveram bens
bloqueados pela Justiça.
A polícia não
informou quantas pessoas ao todo fizeram novas denúncias nesta segunda,
mas disse que as vítimas procuraram a delegacia após areportagem sobre o
caso exibida na edição do último domingo (13) do Fantástico. A polícia
disse que as pessoas que procuraram a delegacia agora, por telefone, são
de estados como Amapá, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Minas Gerais e São
Paulo. A maioria delas querendo saber o que fazer depois de ter caído
no golpe.
"Eu tenho dito
que as pessoas podem procurar [a polícia], adotar algumas providências
no âmbito cível. Quem quiser pode ajuizar algum tipo de ação cível. A
nossa parte é de responsabilziar criminalmente", afirmou o delegado
Humberto Mattos, que investiga o caso.
Apartamentos,
terrenos e até uma mansão a beira mar estão entre os bens bloqueados, a
pedido da Polícia Civil. A Justiça autorizou o confisco de cerca de R$
200 milhões dos suspeitos no esquema. Danilo Santana, que é fundado da
D9 Empreendimentos, e Isaac Albuquerque, da Tips Club, são apontados
como criadores das novas versões das velhas pirâmides financeiras. Os
dois ainda não foram localizados pela polícia.
O esquema teve
início em Itabuna. Os suspeitos conseguiram formar uma grande rede de
investidores prometendo ganho de 30% sobre os valores aplicados no
negócio. Os suspeitos atraíam as vítimas com a promessa de ganhar
dinheiro com apostas em jogos de futebol. O esquema foi descoberto,
segundo a polícia, porque os suspeitos costumavam ostentar dinheiro e bens.
As vítimas
acessavam um site e criavam uma conta virtual. Por meio dessa conta,
acompanhavam os lucros dos investimentos que faziam. Mas quando os
investidores descobriram que não conseguiam sacar o lucro, paravam de
investir. No entanto, o dinheiro aplicado já estava com os criadores do
esquema.
Com relação aos
dois homens apontados como líderes do esquema, o delegado Humberto
Mattos disse que outras medidas cautelares, como pedidos de prisão
preventiva, estão sendo analisadas pela Justiça. "Tudo depende disso.
Depende também da Justiça determinar ou não", afirmou.
No início do
mês, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão na casa de
suspeitos de envolvimento no esquema. A polícia informou que já vem
investigando o caso há oito meses, mas que somente nos dois ulitmos
meses as vítimas começaram a prestar queixa.
Nos imóveis
onde os mandados foram cumpridos, segundo a polícia, foram apreendidos
um drone, um computador usado para armazenar informações bancárias das
vítimas, além de um jet ski e uma moto de luxo. (G1)
VERDINHO DE ITABUNA
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