O Mercosul decidiu suspender por tempo indeterminado a Venezuela do
bloco regional — formado também por Brasil, Argentina, Uruguai e
Paraguai — e fez um apelo para que o país inicie uma transição política
imediata. No último domingo, o governo do presidente Nicolás Maduro
promoveu uma votação para eleger uma Assembleia Nacional Constituinte
com poderes ilimitados de reescrever a Constituição e dissolver o
Congresso de maioria oposicionista, eleito por voto popular. Analistas
independentes estimam que o comparecimento da população venezuelana
ficou pouco acima de 10%, muito abaixo das votações anteriores, o que
seria um sinal de repúdio à decisão do líder do governo. Há fortes
suspeitas de manipulação do resultado oficial, de acordo com esses
analistas. A oposição é contra a assembleia.Em comunicado, o Mercosul
diz que a Venezuela violou a ordem constitucional e que a suspensão
seguirá até que os presos políticos sejam libertados, a Assembleia
Constituinte dissolvida e a democracia restaurada no país. No início da
semana, o governo americano já havia anunciado sanções à Venezuela por
causa da eleição da Assembleia Constituinte. Na sexta, foi a vez de o
Vaticano pedir que a Assembleia Constituinte fosse suspensa. A Venezuela
atravessa uma grande crise socioeconômica e política há alguns anos,
com prejuízos para a população mais pobre. Milhões de pessoas sofrem com
a escassez de alimentos, a hiperinflação e a forte retração da
atividade econômica. (Veja)
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