MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 12 de agosto de 2017

GTO “The Judge” foi o ponto alto do Muscle Car da GM


Para não desviar o olhar do “piloto” na arrancada, o conta-giros era montado sobre o capô diante dos olhos
Para não desviar o olhar do “piloto” na arrancada, o conta-giros era montado sobre o capô diante dos olhos
Não é a primeira vez que escrevo que a década de 1960 foi um período dourado para a indústria do automóvel. Mustang, 911, Barracuda, Charger, Camaro, Miura, Cobra e muitos outros nasceram nessa época.
Nos Estados Unidos, os muscle cars estavam em alta. E não bastava ter uma carroceria fastback, um imenso V8, com centenas de polegadas cúbicas e pneus largos. Era preciso ter um nome à altura do visual como o próprio Barracuda, Mustang, Thunderbird, Road Runner e por aí vai.
Mas o pai dos muscle cars, o Pontiac GTO não tinha nome de bicho bravo. A versão truculenta e despojada do Tempest (aí sim era um nome intimidador), foi batizada por John DeLorean (sim! o cara que criou o DMC 12) inspirado na Ferrari 250 GTO (Gran Turismo Omologato).
Não que o carro de Enzo não fosse aguerrido. Pelo contrário, trata-se de uma das Ferraris mais incríveis da história, mas totalmente oposto à proposta de um muscle car.
Em 1968, quando o cupê chegou à segunda geração, junto com a renovação da plataforma A-Body, tinha a mesma carroceria, estrutura e motores dos primos Oldsmobile 442 e Buick GSX (e que em 1970 seria aplicada ao Chevrolet Chevelle), o GTO ficou mais esportivo, mas precisava de uma versão à altura do estilo.
A nova plataforma permitia a instalação de motores de 455 polegadas (7.4 litros) e 370 cv. Era o que a GM precisava para conter a Plymonth Road Runner com seu V8 425 de 325 cv. E em 1969 surgiu o “The Judge” (O Juiz).
O Juiz era capaz de correr o quarto de milha (0 a 400 metros) abaixo dos 15 segundos e atingir velocidade média de 160 km/h. Para se ter uma ideia, hoje o Dodge Challenger Demon, com 800 cv, consegue fazer o percurso em 9,65 segundos.
Há 50 anos era uma performance absurda.
O resultado foi um salto de vendas, fazendo com o que o GTO superasse o Chevelle, com mais de 72 mil unidades emplacadas naquele ano. Desse total, menos de 7 mil eram da versão “The Judge”, mas ele ajudou a impulsionar o volume do restante da linha, literalmente condenando adversários no tribunal do asfalto.
Mas magistratura do “The Judge” foi curta. Em 1973, devido à crise do petróleo, GTO não foi poupado da sina. E o juiz se aposentou.

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