MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

É um cadáver político, mas vamos ter que conviver, diz Álvaro Dias sobre Temer



Por Eliezer Santos
Um dos nomes na cartela de possíveis presidenciáveis em 2018, o senador Álvaro Dias (Podemos – antigo PTN) engrossou as fileiras dos que não
enxergam mais condições legítimas de governança no presidente Michel Temer (PMDB), contudo admitiu que não acredita   numa saída antecipada do peemedebista do Planalto, já que as tratativas nesse sentido, a exemplo do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, costumam demorar.
 
“Ele é cadáver político, um sepulcro, mas vamos ter que conviver com esse governo até o final do mandato”, lamentou, em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta quinta-feira (17).
 
Segundo Álvaro Dias, a revelação de sucessivos esquemas de corrupção protagonizados por nomes de destaque do parlamento brasileiro estabeleceu internamente um clima de tensão no dia a dia do congresso, minimizado apenas pela "elegância" empregada formalmente nas declarações oficiais. Ele não escondeu que o desgaste ocorre inclusive com pessoas com as quais conviveu intimamente por mais de 15 anos enquanto membro do PSDB, como o senador Aécio Neves - que já foi afastado do senado por conta de vultuoso esquema de recebimento de propina da JBS.
 
“Desconfortável, um ambiente de tensão. Evidente que há elegância parlamentar porque é um ambiente que você vai viver por muito tempo até que
eles [parlamentares investigados] sejam julgados. Limita a atuação, empobrece, a produção legislativa fica comprometida. O Congresso fica sem
autoridade para fazer as reformas”.
 
Dias justificou sua saída do reduto tucano por considerar que a sigla deixou de fazer a devida oposição à gestão da ex-presidente Dilma para
conspirar um arranjo político com Temer e Eduardo Cunha.
 
“Por muito tempo me senti isolado fazendo oposição no Senado, isso foi desgastando, os espaços foram reduzidos. O partido assumiu posições com as quais não concordava, especialmente, caso do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que era para ser um impeachment completo, mas o PSDB abraçou-se ao presidente da Câmara e ao PMDB”, contou.

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