Por Redação BNews | Fotos: Reprodução
O
presidente Michel Temer (PMDB) já gastou, em 2017, R$ 100 milhões com
uma campanha publicitária para defender a necessidade da reforma da
Previdência, uma das principais bandeiras do governo, de acordo com o
site Uol.
A reportagem revela que os gastos são
quase dez vezes maiores do que o orçamento previsto para essa campanha.
Os dados estão disponíveis no portal da Lei de Acesso à Informação (LAI)
do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle.
De acordo com o site, o dinheiro gasto
entre janeiro e junho de 2017 com a publicidade sobre a reforma é o
equivalente a 55% de todo o orçamento para campanhas publicitárias do
governo neste ano, avaliado em R$ 180 milhões. É também maior que os
gastos do governo com programas sociais como os que preveem a defesa dos
direitos das mulheres.
Inicialmente, a campanha estava prevista
para custar R$ 13 milhões. Esse dado foi disponibilizado pelo governo em
atendimento a um pedido de acesso à informação via LAI. Dados
atualizados mostram, contudo, que apenas entre janeiro e junho de 2017,
foram gastos R$ 100,06 milhões.
O site relata que os meios que mais
receberam recursos foram: TV (R$ 57,4 milhões), rádio (R$ 19,3 milhões),
mídia exterior (R$ 10,7 milhões), internet (R$ 4,9 milhões), jornal (R$
4,5 milhões) e revista (R$ 3,08 milhões). Os dados disponibilizados
pelo governo não permitem, porém, verificar quais foram os principais
veículos beneficiários das verbas.
O valor gasto com a propaganda da reforma
da Previdência é quase cinco vezes maior que o custo da campanha
veiculada em 2016 durante o processo que terminou na aprovação da PEC
(Proposta de Emenda Constitucional) do teto dos gastos públicos, outra
medida polêmica defendida pelo governo. Naquela ocasião, o governo
gastou R$ 17 milhões em publicidade sobre o tema. Esse dado foi
fornecido pelo governo em resposta a um pedido de acesso a informação
via LAI.
A reforma da Previdência, que ainda
tramita no Congresso Nacional, é defendida pelo governo Temer como
essencial para diminuir parte do rombo nas contas públicas. A equipe
econômica do governo estimou o deficit previdenciário em R$ 149 bilhões,
o maior desde 1995.
Nenhum comentário:
Postar um comentário