Por Redação BNews
Um levantamento feito pela Revista Congresso em Foco, que chega à sua
26ª edição, mostra que pelo menos seis em cada dez senadores são alvo de
inquéritos, ações penais ou recursos de condenação em tramitação no
Supremo Tribunal Federal (STF). Acre, Alagoas, Amazonas, Minas Gerais,
Rondônia têm todos os três senadores em exercício respondendo a
procedimentos criminais. Isso só não ocorre com São Paulo porque um dos
senadores titulares (o ministro Aloysio Nunes, das Relações Exteriores),
também com pendências no tribunal, está licenciado.
Ao todo, são pelo menos 48 os senadores com procedimentos abertos no
STF, dos quais 34 estão sob investigação na Operação Lava Jato. Trata-se
de um recorde, de acordo com o acompanhamento que o site faz desde
março de 2004. Nunca foi tão grande o número de senadores formalmente
colocados sob suspeita de terem praticado crimes. No último levantamento
realizado, em abril deste ano, eram 42 os senadores investigados, o que
já era um recorde na ocasião.
A lista é encabeçada por Renan Calheiros (PMDB-AL), com 12 inquéritos e
uma ação penal; seguindo-se Valdir Raupp (PMDB-RO), com sete inquéritos
e quatro ações penais, e Aécio Neves (PSDB-MG), com nove inquéritos, o
que faz dele um recordista de investigações decorrentes da Operação Lava
Jato. O senador chegou a ser afastado das funções, mas retomou o
exercício do mandato em 30 de junho, um dia antes do recesso do
Judiciário, por decisão do ministro Marco Aurélio Mello.
Na Bahia, a senadora Lídice da Mata (PSB) é única investigada. O
inquérito 4.396 apura a delação de um ex-funcionário da Odebrecht que
sustenta que a senadora recebeu R$ 200 mil da empreiteira para sua
campanha eleitoral ao Senado em 2010. O valor, segundo ele, não foi
declarado à Justiça eleitoral. “Acho muito importante essa autorização
do Supremo para a devida abertura dos inquéritos. Espero que agora haja a
quebra do sigilo de todo o processo, como já havia solicitado. Tenho a
consciência tranquila e a confiança de que tudo será esclarecido. A
seriedade da minha vida pública fala por mim. Quem não deve não teme.
Espero que as investigações avancem, com transparência e agilidade. Que
as responsabilidades sejam devidamente apuradas, para que separemos o
joio do trigo”, afirmou Lídice.
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