Esportivos japoneses são populares nos games e cinema. Máquinas com Toyota Supra, Nissan GT-R, Mitsubishi 3000 GT e Mazada RX7 são alguns desses expoentes que emergiram no final dos anos 1980 e, com exceção do GT-R, vivem apenas na ficção ou nos classificados norte-americanos, europeus e japoneses. No entanto, de todos esses nenhum foi tão representativo quanto o Honda NSX, fabricado de 1990 e 2005 e que retornou em 2015. Agora é figurinha carimbada no Salão de São Paulo e este ano deu as caras também em Bueno Aires.
Daquele esportivo com motor V6 central traseiro que beirava os 300 cv e que teve a mão de Ayrton Senna no desenvolvimento, apenas nome e emblema do fabricante foram reaproveitados. O NSX acompanhou a tendência dos supercarros e adotou motori-zação híbrida. Atrás do banco do motorista ainda há um V6, só que biturbo e com 3.5 litros de deslocamento que desenvolve 507 cv.
Somado a ele há outros três módulos elétricos, dois deles com 36 cv cada, montados nos eixos, e o terceiro é colocado junto a transmissão automática de nove marchas. Ao todo, o NSX beira os 600 cv, número expressivo comparado a um V8 biturbo de uma Ferrari 488 GTB ou a um V10 aspirado do Audi R8 V10 Plus.
Ao contrário de outros carros com motorização híbrida, a bateria do NSX é compacta e não tem a menor pretensão de otimizar a eficiência do supercarro. Na verdade, trabalha para elevar a performance do bólido de 1.725 quilos que acelera forte (0 a 100 km/h em 2,9 segundos) graças ao torque extra dos motores elétricos e atinge a máxima de 307 km/h.
Mas a Honda quer ir além e já deixou escapar que o terceiro ato poderá ser totalmente elétrico. Pode isso, Ayrton?