MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 5 de julho de 2017

No desespero, PMDB, PSDB e PT se unem para tentar inviabilizar a Lava Jato Posted by Tribuna da Internet


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Charge do Casso (Charge Online)
Carlos Newton
A briga ficou mais difícil, porque no início a operação Lava Jato atingia mais duramente apenas o PT e alguns partidos aliados, mas agora o PMDB e o PSDB também estão sendo alvejados incessantemente. O resultado é a formação de uma frente ampla para a inviabilizar o combate à corrupção, com ações desfechadas em várias frentes e que estão conseguindo algum êxito, como a prisão domiciliar do ex-assessor presidencial Rocha Loures e a devolução do mandato do senador Aécio Neves.
“ACORDÃO “- Está cada vez mais clara a existência do chamado “Acordão” suprapartidário contra a Lava Jato. Sob comando direito do Planalto, o rolo compressor uniu as cúpulas dos três principais partidos – PMDB, PSDB e PT, que se projetaram para um vale tudo, usando todas as armas possíveis e imaginárias, com apoio de outros partidos menores, entre eles o PTB, presidido por Roberto Jefferson, que lidera um bloco de pequenas bancadas na Câmara.
Em função do objetivo comum de boicotar a Lava Jato, as antigas rivalidades políticas e ideológicas estão superadas, mas não se trata de um bloco monolítico, porque em todos os partidos há dissidentes que não estão envolvidos diretamente na corrupção e se recusam a participar desse combate à Lava Jato, até porque não querem perder votos nas próximas eleições.
SUPREMO DIVIDIDO – Essa guerra contra a Lava Jato só tem condições de prosperar porque o Supremo Tribunal Federal está dividido e já conta com cinco ministros que participam do “Acordão” – Gilmar Mendes, pelo PSDB, Alexandre de Moraes, pelo PSDB e PMDB, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, pelo PT, e Marco Aurélio Mello, pelo PTC (partido criado por seu primo Fernando Collor sob a sigla PRN e que até hoje tem o mesmo presidente, Daniel Tourinho).
Essa bancada é quase majoritária no Supremo, porque eventualmente conta com o voto de Rosa Weber. Sem ligação partidária, a ministra é amiga de Carlos Araújo, ex-marido de Dilma Rousseff, que a indicou ao Supremo. Além disso, é prima de Letícia Weber Neves, atual mulher de Aécio. Apesar dessas relações, nada indica que Rosa Weber possa ser cooptada pelo “Acordão”, pois no processo do mensalão ela condenou José Dirceu, mesmo considerando não haver provas diretas  contra ele.
DECISÕES DE RELATOR – Uma circunstância que tem favorecido os inimigos da Lava Jato é a possibilidade de haver decisões monocráticas no Supremo, tomadas solitariamente pelos relatores, como aconteceu nesta sexta-feira, quando o ministro Marco Aurélio Mello, sem ouvir o plenário, devolveu o mandato a Aécio Neves, atropelando a decisão anterior de Edson Fachin.
É interessante destacar que, ao adotar essa decisão de caráter essencialmente político, o relator Marco Aurélio se excedeu nos elogios a um criminoso vulgar, contra o qual existem sólidas provas materiais:
“É brasileiro nato, chefe de família, com carreira política elogiável – deputado federal por quatro vezes, ex-presidente da Câmara dos Deputados, governador de Minas Gerais em dois mandatos consecutivos, o segundo colocado nas eleições à Presidência da República de 2014 – ditas fraudadas –, com 34.897.211 votos em primeiro turno e 51.041.155 no segundo, e hoje continua sendo, em que pese a liminar implementada, senador da República, encontrando-se licenciado da Presidência de um dos maiores partidos, o Partido da Social Democracia Brasileira”, alegou o ministro-relator, ao atribuir a Aécio Neves uma espécie de habeas corpus preventivo, e só faltou conceder ao senador a Medalha do Mérito Judiciário, por serviços prestados à nação.
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