HOJE EM DIA
segundo a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
(SBMFC). Ela indica que exames solicitados de forma excessiva pelos
médicos e também pelos pacientes durante as consultas podem representar
um risco a saúde da população.
“A realização de exames de rotina ou check-up, em uma pessoa que não
tenha quaisquer sintomas de uma doença pode, em algumas ocasiões, levar
ao diagnóstico de uma doença que jamais se tornaria um problema de saúde
e indicar tratamento que seria dispensável,” diz Daniel Knupp.
Secretário geral da SBMFC, ele explica que vários estudos mostram que o
sobrediagnóstico é muito comum, podendo chegar a até um terço dos casos
de câncer de mama, a mais de 60% dos casos de câncer de próstata e à
grande maioria dos casos de câncer de tireoide.
Knupp reforça que isso exige uma estreita vigilância por parte do
médico, uma espécie de controle de qualidade permanente em nome da
consciência do dano que poderia fazer, mesmo involuntariamente, a seus
pacientes.
Olhar crítico
“O olhar crítico sobre as atividades médicas, com ênfase na necessidade
de não prejudicar o paciente, é compreender que a medicina é baseada em
um relacionamento, e que essa relação deve permanecer verdadeiramente
terapêutica, respeitando a autonomia dos pacientes e médicos”.
Na medicina existem quatro tipos de prevenção. A Primária é para evitar
ou remover a causa de um problema de saúde antes dele ocorrer. A
Secundária prevene o desenvolvimento de um problema de saúde desde os
estágios iniciais.
A Terciária existe para reduzir o efeito ou a prevalência de um
problema de saúde crônico através da diminuição do dano causado. A
Quaternária identifica o paciente em risco de supermedicalização, para
protegê-lo de uma nova invasão médica e sugerir intervenções eticamente
aceitáveis.
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