Caros amigos
Dois assuntos são recorrentes no
noticiário brasileiro, a insegurança pública – que produz uma média de
190 cadáveres por dia – e o embate político das quadrilhas com mandatos e
nomeações nos três poderes da República.
Ao observar as atitudes do Presidente
Michel Temer e dos congressistas neste mais recente entrechoque de
interesses pessoais, partidários e ideológicos, constatamos a exatidão
do ditado popular que diz que “pau que nasce torto, morre torto”.
Enojados, assistimos o Executivo a modelar
às suas conveniências a composição da “base aliada” na CCJ e a
“oposição” a jogar estrume no ventilador e pedras no caminho do
processo, não em busca de uma solução para a grave questão que poderá
resultar, em curto espaço de tempo, no impedimento de mais um Presidente
da República, mas, pelo contrário, hipocritamente, concorre para que
tudo evolua para o pior, não para ela, mas para a Nação como um todo.
Complementando essa histórica semana,
recém iniciada e que muito mais promete, cinco senadoras, representando a
si próprias ocuparam, por várias horas, a mesa do Senado, buscando
impedir a votação da tão necessária reforma trabalhista. Não há qualquer
adjetivo, por mais forte que seja, que as possa qualificar, ofender ou
cutucar-lhes a moralidade, porquanto a incoerência, o cinismo e a
imoralidade são suas marcas registradas. Gleisi Hoffmann, Vanessa
Grazziotin e Fátima Bezerra fazem parte da fina flor do lixo político
nacional em seu segmento feminista.
Dentro da imundice das regras que há
trinta anos são praticadas, a classe política joga um jogo que, sem
dúvidas, exclui o interesse público e que não tem outros objetivos que
as suas próprias cobiças. Quanto mais próximos os políticos se veem do
epílogo da era pós moral que construíram a partir do grito de “diretas
já”, mais despudoradamente mostram as suas caras e suas garras. É
difícil largar o osso e não é por outra razão que as hienas comem até
carniça.
Os melhores exemplos são os de Zé Dirceu –
o bandido de muitas caras e nenhum caráter, que, mesmo condenado, mas
solto pelos que o tem como de estimação, vale-se do privilégio, retoma
sua postura de “líder” e avaliza o plano de retorno da sua quadrilha ao
poder -, e de Aécio Neves – o corrupto tucano que, como o seu congênere
petista, ressurge das cinzas pelas mãos de quem o estima, com liberdade
para tentar a fuga da justiça.
Tudo isso nos mostra a importância da
nossa indignação e da mudança que se faz necessária em nós mesmos e no
Brasil, porque a política, como ela é hoje, morrerá torta!
Cabe a nós, a qualquer custo, plantar uma
nova, que nasça direita, que cresça correta e que frutifique em
benefício da liberdade de cada um e dos interesses nacionais.
Gen Bda Paulo Chagas
Publicado em Atualidades
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