O Brasil consciente e lúcido está em
guerra ética, quase civil, com a Brasília que é, sempre, inaudita, que é
“aquilo que jamais se ouviu soar, aquilo que nunca se escutou antes,
aquilo de que não há memória nem exemplo”. Antes de sair para trabalhar e
produzir PIB, na quinta-feira, o Brasil leu na FdeSP José Dirceu
convocá-lo às urnas ou às ruas contra o governo golpista e corrupto de
Michel Temer. A FSP explicou que José Dirceu, ex-ministro de Lula, está
condenado a 38 anos, mas omitiu que a condenação é por corrupção. Já
Michel Temer, presidente, concedeu a Rocha Loures, seu amigo gordinho
que correu da pizzaria ao táxi com R$ 500 mil reais da JBS/BNDES, o
título de honesto na Revista Isto É e, na mesma entrevista, comentou que
talvez troque o diretor da PF por alguém de sua confiança.
O
PMDB indicou ao Conselho de Ética do Senado Romero Jucá e Jader
Barbalho, que não estão presos, ainda, porque o Foro lhes protege. Mas
se o Senado que lhes cobre e abriga aprovou a queda do Foro desde que
nenhum político seja preso, o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes,
indicado por Michel Temer, pediu vista e paralisou o julgamento da
restrição do Foro apenas aos presidentes dos três poderes, com 4 votos a
favor da restrição, e prisão geral e irrestrita para os demais
saqueadores. Urge que o ministro Alexandre de Moraes tire as vistas do
processo. Já!
Temer,
espelho de Dilma e, por isso, duas vezes seu vice, entrou na mira do
Procure Saber, grupo artístico-político da produtora Paula Lavigne que,
domingo, colocou seu cast em Copacabana para um #foratemer com
#diretasjá. Ninguém sabe quantas pessoas compareceram ao Manifesto, se
10 mil ou 100 mil, mas entre os que estavam lá, independente do número,
estava Washington Quaquá, ex-prefeito de Maringá, presidente do PT no
RJ, emporcalhando o palanque artístico. Quaquá foi aliado de Sérgio
Cabral, preso por corrupção em alta velocidade, até sua saída, em 2014.
Cabral desmontou o Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa, com a aliança
de Quaquá. Quaquá num palanque emporcalha qualquer manifesto.
Houve,
também, um #foratemer c/ #diretasjá no Passeio Público que reuniu uns
50, 70 “artistas” deixando tristíssimos os vendedores de cerveja que
esperavam um #forabeer maior. Vera Príncipe contou na comunidade do
Facebook que passou por eles e os vaiou e que foi vaiada por eles, e que
foi bizarro ser vaiada por “artistas”. Vera, no Brasil poucos
“artistas” fazem bem e a maioria faz de um tudo.
E
o Brasil produtor de PIB em guerra com a Brasília inaudita, com um
executivo pífio, com um legislativo pífio e palanques artísticos que
recebem Washington Quaquá, falido, desesperançado, recebeu a proposta de
uma eleição nacional imediata que custará perto de 500 milhões de reais
com candidatos que não valem um centavo, obrigado a ressarcir rádios e
TVs pelo horário eleitoral para ouvir Lula e Bolsonaro, destinando
bilhões que fazem tanta falta à saúde a partidos que praticam
estelionato eleitoral. E todo esse dinheiro para escolher um presidente
que ficará tão pouco tempo num país onde os partidos têm que escolher
candidatos que não corram risco de prisão em campanha.
Diretas já? Seria tão bom se Paula Lavigne pudesse casar com todos os políticos aqui citados e lhes desse uma sova por dia...
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