MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Trilhas: Brasília inaudita


Aninha Franco
CORREIO
O Brasil consciente e lúcido está em guerra ética, quase civil, com a Brasília que é, sempre, inaudita, que é “aquilo que jamais se ouviu soar, aquilo que nunca se escutou antes, aquilo de que não há memória nem exemplo”. Antes de sair para trabalhar e produzir PIB, na quinta-feira, o Brasil leu na FdeSP José Dirceu convocá-lo às urnas ou às ruas contra o governo golpista e corrupto de Michel Temer. A FSP explicou que José Dirceu, ex-ministro de Lula, está condenado a 38 anos, mas omitiu que a condenação é por corrupção. Já Michel Temer, presidente, concedeu a Rocha Loures, seu amigo gordinho que correu da pizzaria ao táxi com R$ 500 mil reais da JBS/BNDES, o título de honesto na Revista Isto É e, na mesma entrevista, comentou que talvez troque o diretor da PF por alguém de sua confiança.
O PMDB indicou ao Conselho de Ética do Senado Romero Jucá e Jader Barbalho, que não estão presos, ainda, porque o Foro lhes protege. Mas se o Senado que lhes cobre e abriga aprovou a queda do Foro desde que nenhum político seja preso, o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, indicado por Michel Temer, pediu vista e paralisou o julgamento da restrição do Foro apenas aos presidentes dos três poderes, com 4 votos a favor da restrição, e prisão geral e irrestrita para os demais saqueadores. Urge que o ministro Alexandre de Moraes tire as vistas do processo. Já!
Temer, espelho de Dilma e, por isso, duas vezes seu vice, entrou na mira do Procure Saber, grupo artístico-político da produtora Paula Lavigne que, domingo, colocou seu cast em Copacabana para um #foratemer com #diretasjá. Ninguém sabe quantas pessoas compareceram ao Manifesto, se 10 mil ou 100 mil, mas entre os que estavam lá, independente do número, estava Washington Quaquá, ex-prefeito de Maringá, presidente do PT no RJ, emporcalhando o palanque artístico. Quaquá foi aliado de Sérgio Cabral, preso por corrupção em alta velocidade, até sua saída, em 2014. Cabral desmontou o Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa, com a aliança de Quaquá. Quaquá num palanque emporcalha qualquer manifesto.
Houve, também, um #foratemer c/ #diretasjá no Passeio Público que reuniu uns 50, 70 “artistas” deixando tristíssimos os vendedores de cerveja que esperavam um #forabeer maior. Vera Príncipe contou na comunidade do Facebook que passou por eles e os vaiou e que foi vaiada por eles, e que foi bizarro ser vaiada por “artistas”. Vera, no Brasil poucos “artistas” fazem bem e a maioria faz de um tudo.
E o Brasil produtor de PIB em guerra com a Brasília inaudita, com um executivo pífio, com um legislativo pífio e palanques artísticos que recebem Washington Quaquá, falido, desesperançado, recebeu a proposta de uma eleição nacional imediata que custará perto de 500 milhões de reais com candidatos que não valem um centavo, obrigado a ressarcir rádios e TVs pelo horário eleitoral para ouvir Lula e Bolsonaro, destinando bilhões que fazem tanta falta à saúde a partidos que praticam estelionato eleitoral. E todo esse dinheiro para escolher um presidente que ficará tão pouco tempo num país onde os partidos têm que escolher candidatos que não corram risco de prisão em campanha.
Diretas já? Seria tão bom se Paula Lavigne pudesse casar com todos os políticos aqui citados e lhes desse uma sova por dia...

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