Por Redação BNews | Fotos: BNews
Oito testemunhas de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
serão ouvidas pelo juiz Sergio Moro, nesta segunda-feira (19), em
audiência na Justiça Federal de Curitiba. As sessões vão começar às 9h30
por meio de vídeoconferência de Salvador e seguirão à tarde com outros
depoimentos nas justiças do Rio de Janeiro, Niterói e Petrópolis.
Conforme O Globo, cinco dos depoentes são ligados à Petrobras: Helio
Shiguenobu Fujikawa, ex-secretário-geral da empresa, Almir Guilherme
Barbassa, ex-diretor financeiro, Fernando Almeida Biato, ex-gerente,
Paulo Cesar Farah Muniz e Alexandre Lugtenburg de Garcia, funcionários
da estatal. Bernardo Moreira Peixoto Neto, contador de auditoria da
KPMG, e Paulo José Machado, auditor da Ernst & Young, também são
testemunhas.
Os depoimentos serão tomados no processo em que o petista é acusado
pelo Ministério Público Federal (MPF) de pedir propina à Odebrecht, como
um apartamento vizinho ao que mora atualmente, em São Bernardo do Campo
(SP), e um prédio que sediaria o Instituto Lula, em São Paulo.
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O apartamento está registrado em nome de um primo de José Carlos
Bumlai, Glaucos da Costamarques e, de acordo com os procuradores, seria
objeto de contrato fictício de aluguel. A sede do instituto chegou a ser
comprada por uma empresa parceira da Odebrecht, mas o ex-presidente
desistiu de ficar com o imóvel. Com isso, o imóvel voltou ao patrimônio
da empreiteira.
Ainda conforme O Globo, também serão ouvidas testemunhas arroladas
pelos advogados de outros réus na Lava-Jato, como Paulo Ricardo Baqueiro
de Melo e Demerval Gusmão, dono da DAG — empresa que adquiriu o terreno
do instituto Lula. Amigo e parceiro de Marcelo Odebrecht, Demerval é
acusado de atuar como preposto do empreiteiro.
Lula é réu em cinco ações penais, sendo duas na Lava-Jato de Curitiba.
Contudo, novos inquéritos devem ser instaurados para investigar o
petista em casos relacionados aos pedidos de investigação das delações
da Odebrecht. As petições foram encaminhadas a Moro, na semana
retrasada, pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da
Lava-Jato no STF.
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