Por Redação BNews | Fotos: Sindvigilantes-BA / Divulgação
Desde
a greve iniciada no dia 24 de maio, os trabalhadores que atuam como
vigilantes na Bahia realizam diversos protestos. Eles têm convocado toda
categoria durante as manifestações em shoppings e agências bancárias. O
ato se repetiu nesta segunda-feira (5), nos corredores do aeroporto.
Segundo o Sindvigilantes-BA, os
trabalhadores pedem reajuste salarial de 7%; ticket alimentação no valor
de R$ 20, sem descontos; inserção de 30% de mulheres nas atividades de
vigilantes, entre outras solicitações.
Fontes do BNews ligadas a
empresários do ramo afirmam que a solicitação da categoria é impossível
de ser concedida diante da crise financeira que o país
enfrenta. “Governo, estado e prefeitura já afirmaram que não vão fazer
repasses e quem vai pagar a diferença são os empresários”, dizem.
A categoria pede uma maior participação
feminina nas empresas. “Há risco de desemprego. Fazer novas contratações
diante do cenário econômico no Brasil é impossível. Como os empresários
vão aumentar o efetivo feminino nas empresas? Para isso, há o risco de
demissões”, argumentam. Fontes relatam também que os sindicatos deveriam
investigar empresas ‘laranjas’, que não pagam encargos e insumos para
os trabalhadores.
Em seu site, o Sindicato das Empresas de
Segurança Privada do Estado da Bahia (Sindesp), afirma que os
"sindicatos laborais mostram-se irredutíveis em seus pleitos,
demonstrando estarem alheios a crise econômica vivenciada, não se
importando com as demissões que já ocorreram e que poderão aumentar".
O Sindesp argumenta também que alguns
sindicalistas da mesa de negociação afirmam que não farão acordo por não
concordar com a execução do trabalho extra, na folga do empregado:
“preferem que os vigilantes façam bico em outro local, sem FGTS, sem
INSS, sem férias, sem décimo, sem seguro, correndo riscos e recebendo um
valor 50% menor por hora trabalhada. Não desejam negociar, apenas
repetem o mesmo discurso velho e ultrapassado de não ceder aos
interesses do patrão. Com falsos argumentos, se omitem para não evoluir
na mesa com ganhos para todos os vigilantes, e não querem reconhecer que
outros sindicatos laborais já concordam com a hora extra”, detalha.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) e
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) estão
intermediando as negociações, mas não houve sucesso até o momento.
Na terça-feira (6), haverá um novo
encontro entre os vigilantes e o patronal na sede do MPT, no Corredor da
Vitória. A greve afeta diversos serviços no estado, como funcionamento
das agências bancárias e do INSS.
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