MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 3 de junho de 2017

PT elege Gleisi presidente e defende renúncia ou impeachment de Temer


Os senadores Lindberg Farias e Gleisi Hoffmann, candidatos a presidência do Partido dos Trabalhadores durante o Congresso do partido em Brasília Foto: ANDRE COELHO / Agência O Globo
Gleisi teve 60% dos votos e derrotou Lindbergh
Catarina Alencastro e Fernanda Krakovics
O Globo
No 6° Congresso Nacional do PT, que elegeu a senadora Gleisi Hoffmann para presidente do partido, a prisão de Rodrigo Rocha Loures, ex-deputado e ex-assessor do presidente Michel Temer, foi comentada nos corredores entre os petistas. Na visão de deputados que participam do evento, agora a situação de Temer é “insustentável”. Enquanto uns defendem a renúncia do presidente, outros acreditam que o melhor caminho é o impeachment, destino que a correligionária Dilma Rousseff teve há menos de um ano.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) cita a apreensão de documentos do coronel João Baptista Lima Filho associados a Temer para afirmar que o presidente perdeu as condições de governar.
INSUSTENTÁVEL — “A prisão de Loures, somad aos documentos apreendidos com o coronel Lima, agravam exponencialmente a situação de Temer. Ele não tem mais condições (de governar), a situação ficou insustentável. Hoje voltam a circular rumores de que ele vai renunciar” — disse Pimenta.
Petistas comentavam que era esperada a prisão de Rocha Loures, já que o Ministério Público havia feito o mesmo pedido antes, mas como ele então detinha o mandato de deputado, contava com prerrogativas parlamentares, e o pedido foi rejeitado pelo Supremo Tribunal Federal. Alguns citavam que a situação dele se assemelha à do ex-senador Delcídio Amaral, que foi preso após ter sido gravado tratando da compra do silêncio do ex-executivo da Petrobras Nestor Cerveró. O então líder do governo no Senado foi preso preventivamente por obstrução de Justiça.
HOMEM DA MALA – Rocha Loures apareceu no âmbito da delação premiada da JBS e teria sido o homem indicado por Temer para receber uma propina regular de R$ 500 mil. O ex-deputado foi filmado pegando uma mala com esse valor e correndo com ela. Após as revelações, ele devolveu a mala e o dinheiro.
— A prisão de Rocha Loures coloca uma pressão enorme sobre o governo, que certamente está temeroso com relação a uma delação. A situação é muito grave, ele é uma pessoa da extrema confiança de Temer. Ele é um homem de posses, tudo indica que não estava pegando aquele dinheiro para ele — apontou Pepe Vargas (PT-RS), lembrando dos tempos em que trabalhou com o ex-colega na Câmara.
SEM RENÚNCIA – Pepe Vargas acredita que Temer não vá renunciar. E também acha que o Tribunal Superior Eleitoral não condenará a chapa Dilma-Temer. Por isso defende o impeachment do presidente.
— Ele não vai renunciar por uma razão muito simples: ele não vai querer perder o foro, senão cai na mesma situação do Rocha Loures. Eu também não vejo cometimento de crime eleitoral na chapa Dilma-Temer. A solução que eu vejo é o impeachment — afirmou.
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