MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 11 de junho de 2017

Pesquisa da Folha mostra tucanos em cima do muro sobre a saída do governo


Charge sem autoria (arquivo Google)
Bruno Boghossian, Daniel Carvalho, Ranier Bragon e Talita Fernandes
Folha
Principal aliado do governo federal, PSDB chega rachado nesta segunda-feira (dia 12) a uma reunião em que pode decidir manter apoio a Michel Temer ou desembarcar da administração, o que representaria um baque político fatal para o peemedebista. A Folha procurou os 56 deputados federais e senadores da legenda. Dos 49 parlamentares que responderam, 19 declararam apoio ao movimento de rompimento com o Palácio do Planalto, 19 querem permanecer no governo – ao menos por enquanto – e 11 se declararam indecisos ou não quiseram opinar.
O PSDB deve reunir em Brasília, nesta segunda, toda a sua direção, congressistas, governadores, prefeitos de capitais e dirigentes regionais para bater o martelo sobre o apoio a Temer.
DESEMBARQUE – O presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), que evitava se posicionar sobre o tema, sinalizou pela primeira vez esta semana um movimento de desembarque, ao dizer que a sigla, que tem quatro ministérios, não precisa de cargos para apoiar as reformas econômicas apresentadas por Temer.
Enxergando uma tendência de rompimento, o Palácio do Planalto contra-atacou. Temer convocou os ministros tucanos para tentar enquadrar a cúpula da sigla e, ao longo da semana, recebeu pessoalmente 18 dos 46 deputados do PSDB.
O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), se reuniu com Tasso para levar o recado: “Se o PSDB deixar hoje a base, vai ficar muito difícil de o PMDB apoiá-los nas eleições deE 2018. Política é feita de reciprocidade”, disse, pouco antes do encontro.
MAIOR ALIADO – O PSDB é o segundo maior partido do Congresso e o maior aliado do PMDB de Temer, com 46 deputados federais e 10 senadores. Os votos tucanos são essenciais para barrar a provável denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Temer.
A divisão das bancadas do partido revela que os políticos mais antigos adotam um tom cauteloso e apresentam uma inclinação maior pela manutenção do apoio. A ala jovem é majoritariamente a favor do desembarque.
O grupo do presidente licenciado do partido, Aécio Neves (MG), está na linha de frente pela tentativa de evitar o rompimento. Na avaliação do partido – assim como de auxiliares do presidente da República –, se o PSDB abandonar o governo, o PMDB de Temer, que é o maior partido do Congresso, vai trabalhar pela cassação do tucano, denunciado por corrupção e obstrução de Justiça. Dos sete deputados do PSDB de Minas, só Eduardo Barbosa defende o desembarque.
RESPEITO A AÉCIO – Outras alas do partido, porém, descartam esse entendimento. “Todos têm muito respeito [por Aécio]. Você ser solidário com um amigo é uma coisa. Sacrificar o partido é outra. Seria incoerente continuar no governo”, afirmou o deputado João Gualberto (BA), um dos primeiros a apresentar o pedido de impeachment de Temer, assim que foram divulgadas as gravações da JBS.
Entre os que são contrários a um rompimento, estão os que entendem que o PSDB ficaria sozinho. “Seria um erro grave nesse momento, o partido se isolaria”, disse Marcus Pestana (MG), um dos mais próximos de Aécio.
Já os que querem a saída, apontam prejuízo à imagem do partido. “O PSDB foi atingido fortemente por essas questões recentes. Estamos em débito com a sociedade e profundamente envergonhados. O primeiro passo que devemos tomar é deixar o governo para sinalizar à sociedade que o nosso apoio às mudanças não está vinculada a cargos”, diz Eduardo Cury (SP).
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